Um vazamento na rede de esgoto provocou uma inundação no primeiro andar do Hospital de Base, o maior do Distrito Federal. Um cano estorou e os funcionários tiveram que limpar o esgoto que invadiu o hospital. O mesmo problema, dizem os funcinários, ocorreu na semana passada no térreo do Hospital de Base.

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As obras para troca da tubulação e das lâmpadas já começou no Hospital de Base, mas não há previsão de quando serão concluídas. Além da infra-estrutura comprometida, falta material cirúrgico, inclusive para operações de alto risco.

O instrutor de auto-escola Alair Rodrigues está internado há três meses, mas não consegue ser operado. "Já marcaram duas vezes e nas duas faltou material para fazer a cirurgia. A gente só fica sabendo em cima da hora. Eles falam: ‘Olha, não tem material. Sua cirurgia foi suspensa’. Aí fica toda aquela expectativa que vai acabar esta angústia dentro do hospital e a gente continua aqui", relata Alair.

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Segundo a Secretaria de Saúde do DF, entre janeiro de junho deste ano, mais de 260 mil pessoas foram atendidas no Hospital de Base. Cerca de 4,5 mil cirurgias foram realizadas.

Outro lado

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, afirma que falta material porque o número de cirurgias cardíacas aumentou. De todo modo, Arruda diz que determinou a compra de material em regime de urgência.

"Eu determinei hoje [28] que se compre em regime de emergência, ainda que sem licitação. O que eu não vou admitir é um doente esperando para ser operado, ter médico e faltar algum equipamento", diz Arruda.

Já a Secretaria de Saúde alega que vai transferir pacientes para o Instituto do Coração (Incor), se necessário. "O Incor está com disponibilidade para fazer o atendimento dos pacientes que aguardam no Hospital de Base. E o próprio hospital será instrumentalizado - a partir da próxima terça-feira (2) - para realizar plenamente as suas cirurgias", garante o secretário José Geraldo Maciel.

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