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Apesar de o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Nelson Justus (DEM), ter classificado a ação do Ministério Público (MP) como ilegal, a busca e apreensão de documentos na Casa foi executada dentro da lei.

Justus afirmou que a Operação Ectoplasma 2, realizada pelo MP no último sábado com a participação de policiais militares, desrespeitou um mandado de segurança obtido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Assembleia. Esse mandado restringia liminarmente o fornecimento de informações sobre servidores do Legislativo ao Ministério Público.

No entanto, na sexta-feira – portanto, um dia antes da ação do MP e da polícia –, o desembargador Ivan Bortoleto, do Tribunal de Justiça do Paraná, julgou extinta a liminar que impedia o repasse de informações funcionais e bancárias dos funcionários da Casa. Isso tornou legal a ação do MP.

A liminar foi extinta porque a presidente interina do sindicato, Diva Scaramella Ogibowski, requereu a extinção da ação para impedir o MP de ter acesso aos dados. Ela alegou que havia sido usada e não sabia do teor do mandado de segurança. O sindicato é presidido pelo ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel, que está preso e foi denunciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e por desvio de dinheiro público. Ele está afastado dos cargos no sindicato e na Assembleia.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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