A Assembleia Legislativa do Paraná admitiu ontem que a funcionária fantasma Lorete Prevedelo Pequeno foi contratada para exercer um cargo comissionado na presidência da Casa entre 1995 e 2008. Já o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PMDB), encaminhou um documento à reportagem contestando que Gina Prevedelo, a outra servidora fantasma, estivesse lotada na primeira-secretaria.
Curi enviou um fax com a ficha funcional de Gina Prevedelo diferente da que consta nos documentos da sindicância interna da Assembleia criada para apurar as denúncias de irregularidades no Legislativo. Na ficha funcional encaminhada pelo deputado, há uma anotação, de 7 abril deste ano, portanto três semanas após o escândalo vir à tona, informando que Gina é funcionária da diretoria da administração e não da primeira-secretaria.
Já o presidente da Asssembleia, Nelson Justus (DEM), não quis se pronunciar pessoalmente sobre o caso. Mas, de acordo com a assessoria da Assembleia, a servidora Lorete foi contratada ainda na gestão do ex-presidente da Casa Aníbal Khury (já falecido). Segundo a Assembleia, ela foi exonerada em fevereiro de 2008, quando Justus realizou a primeira reestruturação de pessoal da Casa. Com isso, a Assembleia admite que, por pelo menos um ano inteiro, Justus manteve uma funcionária fantasma na presidência.
O ex-presidente da Assembleia Hermas Brandão, hoje presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TC), por meio de nota de sua assessoria de imprensa, informou não conhecer Lorete, que foi servidora do Legislativo durante o período em que ele presidiu a Casa. Na nota, encaminhada por e-mail, Hermas diz também que "deixou de nomear ocupantes para cerca de 90 cargos em comissão a que teria direito por exercer a presidência".
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