O deputado estadual Neivo Beraldin (PDT) pediu na tarde desta quarta-feira (19) o afastamento do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (AL-PR), deputado Nélson Justus (DEM) e de todos os outros integrantes da Mesa Diretora da Casa.
Em discurso na sessão do Legislativo, Beraldin afirmou que o afastamento dos parlamentares, neste momento, seria benéfico para a Assembleia. "Seria um ato de humildade de Vossas Excelências licenciarem-se pelo menos temporariamente para que esse clamor possa ser atendido", disse.
Justus se defendeu e disse que os protestos que pedem a saída dele não representam muitas pessoas. "A pressão popular eu vejo apenas de uma rede de comunicação que trouxe 50 gatos pingados hoje aqui na frente da Assembleia", opinou.
O presidente da Casa ainda disse que tem o apoio do Ministério Público do Paraná para permanecer no cargo. "O Ministério Público faz questão que a mesa continue para ter a garantia da continuidade das investigações que nós estamos fazendo", afirmou. No entanto, em nota, o MP declarou que não confirma ter pedido a permanência de Justus ou de outros integrantes da Mesa Diretora.
Depois da solicitação de Beraldin, Justus foi conversar com o deputado e, depois de trocar algumas palavras, bateu com uma das mãos no bolso do paletó. O gesto não foi explicado. "Eu não vi esse gesto, então não posso comentar", disse Beraldin.
Falsificação
O deputado pedetista ainda disse durante a tarde que teve a assinatura dele falsificada em um documento que confirmava a exoneração de um funcionário fantasma. Dirceu Pavone morreu em 2003, no entanto, teve cargo comissionado no gabinete de Beraldin entre os anos de 2004 e 2006. O parlamentar disse que nunca soube da contratação e que pediu uma perícia nos documentos apresentados pela Assembleia.
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