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O ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Abib Miguel foi solto por volta no início da madrugada deste sábado (6), em Brasília, após vencido o prazo de prisão temporária em decorrência da Operação Argonautas, organizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O grupo investiga a lavagem de dinheiro desviado da Alep.

No dia 28 de novembro, Bibinho foi preso quando recebia cerca de R$ 70 mil em dinheiro do administrador das propriedades do ex-diretor em Goiás. O advogado de Bibinho, Eurolino Reis, não quis comentar o caso, em segredo de Justiça. Também não quis informar onde está o seu cliente. "O próximo passo é problema do Judiciário".

Coordenador do Gaeco, Leonir Batisti diz que não houve necessidade de pedir prorrogação da prisão temporária. Ele afirma, porém, que as investigações devem prosseguir até que o caso seja elucidado. "No momento, ele [Abib Miguel] está aguardando em liberdade".

Na operação do dia 28, além de Bibinho foram presos os irmãos Edivan e Sandro Bataglin, acusados de administrar as empresas laranjas que pertenceriam ao ex-diretor da Assembleia, e dois filhos dele, Luciana de Lara Abib e Eduardo Miguel Abib.

Condenações

Bibinho já foi condenado duas vezes (em janeiro e abril deste ano) em processos relacionados à série Diários Secretos, da Gazeta do Povo e RPCTV, que desvendou um esquema criminoso de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa. Somando as duas ações, a condenação chega a 37 anos de prisão. Segundo o Gaeco, os desvios foram feitos entre 2000 e 2010, envolvendo 97 funcionários fantasmas. Os valores atualizados, conforme o Gaeco, são de R$ 216, 8 milhões.

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