O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel, o Bibinho, vai passar o fim de semana preso. O habeas corpus que pede a soltura de Bibinho só deve ser julgado pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná José Maurício Pinto de Almeida na segunda-feira. Até lá, o ex-diretor permanecerá detido no Centro de Triagem II, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.
Abib Miguel foi preso na última terça-feira acusado de tentar retardar o julgamento das duas ações criminais a que responde na Justiça. No pedido de prisão, o Ministério Público cita pelo menos duas medidas que, segundo os promotores, caracterizariam a intenção de protelar o curso dos processos. Uma delas foi a tentativa de se passar por uma pessoa com distúrbios mentais sem capacidade de responder às ações criminais condição que foi descartada pelo Instituto Médico-Legal (IML) após avaliação médica.
A outra ação protelatória apontada pelo MP foi o fato de a defesa arrolar mais de 60 testemunhas e depois desistir de todas elas. O advogado Eurolino Reis, que defende Bibinho, contesta a necessidade da prisão e argumenta que o cliente jamais criou obstáculos para o curso normal dos processos.
Bibinho foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de desvio de dinheiro, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. O ex-diretor é apontado pelo MP como chefe de uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 200 milhões dos cofres da Assembleia. O esquema de desvio de recursos na Assembleia foi mostrado em 2010 pela Gazeta do Povo e pela RPC TV na série de reportagens Diários Secretos.
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