Em ato anticorrupção, sociedade apresenta projeto de transparência
O movimento "O Paraná que Queremos" apresentará hoje, durante a manifestação contra a corrupção na política, um projeto de lei que estabelece mecanismos para garantir mais transparência na administração pública do estado. A proposta, elaborada pela Associação Paranaense dos Juízes Federais do Paraná (Apajufe) com o apoio da seção paranaense da Ordem dos Advogado do Brasil (OAB-PR), será entregue aos deputados estaduais que já se manifestaram favoráveis ao afastamento dos integrantes da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Paraná.
Apesar de ter sido um ato individual do PV, o pedido de cassação dos deputados Nelson Justus e Alexandre Curi refletiu no bloco partidário do qual a legenda faz parte na Assembleia. Composto por PV, PSB e PRB, o chamado "grupo independente" (que não faz parte da situação nem da oposição) decidiu "colocar à disposição" o cargo que ocupa na Mesa Diretora a 5.ª secretaria, chefiada pelo deputado Edson Praczyk (PRB).
Segundo os parlamentares do bloco, seria incoerente manter uma cadeira na Mesa e, ao mesmo tempo, pedir a cassação de Justus e Curi. Na prática, porém, a entrega do cargo não representa o afastamento imediato do 5.º secretário, uma vez que o ato precisa ser aceito pela Mesa.
Durante a sessão de ontem, ficou evidente o descontentamento dos deputados do PSB e do PRB com o pedido protocolado pelo PV. Isso porque os dois partidos não foram previamente consultados a respeito da decisão dos verdes. "O PV quis sair na fotografia. Eles não nos consultaram sobre esse posicionamento", afirmou Reni Pereira (PSB), que é o líder do bloco. "Mas, se existe a opinião de que a manutenção dos membros da Mesa está atrapalhando as investigações, colocamos nosso cargo à disposição."
A entrega do cargo de 5.º secretário, entretanto, ainda não foi formalmente oficializada na Assembleia. De acordo com Reni Pereira, os parlamentares do bloco estão preparando um documento a ser entregue hoje a Nelson Justus.
Além disso, como o deputado Edson Praczyk foi eleito na chapa encabeçada por Justus e não individualmente para ocupar o cargo , o bloco não tem autonomia para deixar a Mesa Diretora por iniciativa própria. Essa decisão precisa ser tomada em conjunto pelos membros da Mesa. "Fico no cargo até que a Mesa se posicione sobre o assunto", disse Praczyk.
Ao fim da sessão, Pereira, Praczyk e Wilson Quinteiro (PSB) reuniram-se reservadamente com Justus para esclarecer a posição do bloco sobre o pedido de impeachment feito pelo PV. "Eles me disseram que não concordam com o posicionamento do PV. Me deram uma manifestação de apoio e não de pedido de afastamento", disse Justus, na única declaração que deu ontem aos jornalistas que acompanham as sessões da Assembleia.
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