O assunto principal era para ser o reajuste do funcionalismo público, mas o que dominou a sessão de ontem na Assembleia Legislativa foi a repercussão das denúncias feitas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV. Com as galerias cheias e o espaço reservado aos jornalistas lotado, era visível o clima de apreensão entre os deputados. Alguns liam a versão impressa da Gazeta do Povo, outros tinham o portal da RPC aberto em seus notebooks. O discurso do presidente da casa, Nelson Justus (DEM), foi ouvido com atenção. Assim como as explicações dos deputados Jocelito Canto (PTB).
Outros parlamentares que não foram citados pela matéria demonstraram preocupação com as irregularidades apresentadas. "Não acho que seja um dia bom. Não acho que nenhum deputado, de partido nenhum, possa ficar contente quando vê matérias como essas. Acho que isso nos entristece", disse o deputado Tadeu Veneri (PT), para quem "não há mais condições de meias palavras".
Para ele, as matérias podem servir para acelerar o processo de transparência da casa, que estaria em curso nos últimos anos. Veneri citou a redução do recesso parlamentar, o fim dos pagamentos por sessões extraordinárias, a implementação do painel eletrônico e a instalação da TV Sinal, medidas adotadas durante a gestão do presidente Nelson Justus. "Acho que nós podemos avançar mais. O processo de recadastramento (dos funcionário da Assembleia) é um avanço sem dúvida nenhuma."
O deputado petista acredita que a disponibilização dos Diários Oficiais na internet poderia resolver parte dos problemas. "O povo do Paraná precisa ter acesso a isso."
A posição de Veneri é defendida também pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, deputado Durval Amaral (DEM). "Sou favorável a divulgação on line dos diários oficiais. Mas não posso responder pela mesa executiva da casa."
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