Entidades estudantis promovem, na manhã desta quarta-feira (14), uma mobilização com o objetivo de cobrar rigor nas investigações das denúncias envolvendo a Assembleia Legislativa, apresentadas pela série Diários Secretos, da Gazeta do Povo e da RPC-TV. Chamada de "Caça-Fantasmas", em alusão aos casos de funcionários fantasmas denunciados, a mobilização pede a saída imediata do presidente da Casa, deputado Nelson Justus (DEM).
"O afastamento de Justus seria uma resposta positiva que a sociedade civil como um todo espera", disse o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Mario de Andrade. "A saída contribuiria com as investigações e seria uma mostra de bom senso", complementou o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Paulo Moreira.
Uma comissão da mobilização pretende protocolar uma carta no Ministério Público (MP), no Tribunal de Contas (TC) e na própria Assembleia Legislativa. O documento solicita o ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro pago aos "fantasmas" e pede, além da saída de Justus, o afastamento de toda a mesa-diretora da assembleia. "Esperamos que todas essas denúncias que surgiram sirvam para que a sociedade civil debata as bases de uma reforma política", apontou Andrade.
Os manifestantes se reuniram na Praça Santos Andrade, de onde partiram por volta das 9h30. Juntamente com a Upes, a União Paranaense dos Estudantes (UPE), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras agremiações, além do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), participam do ato.
A passeata, que segundo os organizadores contava com cerca de 800 pessoas, passou pela Rua Marechal Deodoro. A marcha pegou a Avenida Marechal Floriano Peixoto, até a Praça Tiradentes. De lá, os manifestantes partiram em direção ao Centro Cívico. Por volta das 11 horas, os estudantes protocolavam a carta no TC. Eles ainda passariam pelo MP, antes de se concentrar em frente prédio da assembleia. A manifestação deve se estender até as 11h30.
Para minimizar o impacto no trânsito, agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) e do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) orientam o tráfego na região central. Segundo o BPTran, as ruas são bloqueadas temporariamente para a passagem dos estudantes e, apesar de a interdição ser rápida, a manifestação provoca transtornos no tráfego de veículos. Em função disso, a orientação é que os motoristas que precisarem passar pela região central optem por rotas alternativas até o meio-dia desta quarta. Por volta das 10 horas, a Polícia Militar ainda não tinha um levantamento prévio sobre o número de manifestantes.
Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
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