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Prédio da Assembleia: sinalização por R$ 87 mil. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Prédio da Assembleia: sinalização por R$ 87 mil.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) José Ary Nassiff (administrativo) e Cláudio Marques da Silva (de pessoal) prestaram depoimento ontem à juíza Ângela Ramina, da 9.ª Vara Criminal de Curitiba. Os dois respondem pelo suposto desvio de dinheiro público no Legislativo estadual.

Na audiência de ontem, Nassiff e Silva responderam a perguntas sobre a responsabilidade deles na contratação de familiares do ex-funcionário Daor Afonso Marins de Oliveira, que supostamente recebiam salários, mas não davam expediente na Assembleia. Oliveira está foragido da Justiça, mas teria manifestado a intenção de se apresentar. Ele foi exonerado do cargo na Assembleia depois das denúncias de irregularidades na Casa feitas pela Gazeta do Povo e pela RPC TV, na série de reportagens Diários Secretos.

Bibinho

Ontem, Nassiff e Silva voltaram a responsabilizar o ex-diretor-geral Abib Miguel, o Bibinho, pela contratação de supostos funcionários fantasmas na Assembleia. A estratégia adotada pelos advogados dos ex-diretores é fugir de qualquer responsabilidade pela nomeação de servidores da Casa. Até mesmo Silva, que era diretor de pessoal, disse em depoimento que era subordinado à diretoria-geral da Assembleia, ocupada por mais de 20 anos por Bibinho, e que apenas cumpria ordens.

Como o processo foi desmembrado, apenas Nassiff e Silva figuram como réus nesta ação. Os dois respondem pelos supostos crimes de formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público. As mesmas acusações pesam contra Bibinho. Mas, como no início do julgamento ele foi operado e não compareceu às audiências, a juíza que cuida do processo determinou o desmembramento da ação para dar celeridade ao julgamento.

Acusação

Bibinho, Nassiff e Silva foram denunciados pelo Ministério Público acusados de terem montado uma quadrilha acusada de desviar pelo menos R$ 200 milhões dos cofres da Assembleia. Esse desvio se dava, segundo o MP, por meio da contratação de funcionários laranjas e fantasmas.

O processo criminal envolvendo Nassiff e Silva entrou na reta final. O Ministério Público e os advogados de defesa têm agora 20 dias para apresentar as alegações finais. Em seguida a juíza dá a sentença.

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