• Carregando...

Um funcionário da Assembleia Legislativa do Paraná continuou a receber salários mesmo depois de ter morrido. Dirceu Pavoni - político de Almirante Tamandaré, cidade da região metropolitana de Curitiba - morreu em junho de 2003 e foi exonerado apenas em outubro de 2006. Pavoni estava lotado no gabinete do deputado estadual Neivo Beraldin (PDT).

A viúva de Pavoni é Maria Bernadete Pavoni, vice-prefeita de Almirante Tamandaré. Ela disse que entregou a certidão de óbito do marido na Assembleia em 2003. Deti Pavoni – como é conhecida no município – enviou um ofício à Casa de Leis pedindo explicações sobre o valor dos salários que o marido recebeu entre junho de 2003 e outubro de 2006 e qual a conta em que os vencimentos foram depositados.

A exoneração, que ocorreu em outubro de 2006, foi assinada pelo então presidente interino da Casa Pedro Ivo (PT), pelo deputado Nereu Moura (PMDB) – que era o 1º. secretário –, e pelo deputado Geraldo Cartário (ex-PDT) - que era o 2º. secretário.

Nereu Moura não quis comentar o assunto, enquanto que Pedro Ivo disse não lembrar do caso. Já Cartário – que teve o mandato cassado em 2009 – reconheceu ter assinado a exoneração, mas disse que não sabia que Pavoni tinha morrido. Além disso, o ex-deputado afirmou que "essas coisas acontecem na Assembleia. Para resolver isso tem que acabar com os cargos comissionados.

Já Neivo Beraldin afirmou que o funcionário trabalhou em seu gabinete em 2001 e 2002. O deputado disse ainda que Pavoni foi exonerado antes de morrer, mas não soube explicar como ele voltou para a Assembleia nem quem recebeu os salários.

Assista à reportagem em vídeo:

Pedido de afastamento de Justus

A Ordem dos Advogados do Brasil Seção Paraná (OAB-PR) e o Partido Verde (PV) pediram que o deputado Nelson Justus (DEM); o primeiro-secretário, Alexandre Curi (PMDB); e que os demais integrantes da mesa diretora da Casa se afastem durante as investigações sobre as irregularidades da Casa. De acordo com o presidente da OAB-PR, José Lúcio Glomb, os deputados não podem julgar a si mesmos.

O jornal Gazeta do Povo e a RPC-TV denunciaram na terça-feira (6) que 20 familiares de Sérgio Monteiro, chefe de gabinete de Justus, ocuparam cargos na Assembleia, sendo que alguns eram funcionários fantasmas. Dos 20, dez nomes constavam na lista da transparência divulgada no ano passado.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]