Indignação
Confira outras cidades onde houve manifestações:
Paranavaí
O ato contou com a distribuição de cerca de mil bottons e 600 adesivos, que foram colados nos veículos que passavam próximos ao calçadão da Rua Souza Naves. Manifestantes: 400.
Cascavel
Cerca de 300 pessoas participaram da manifestação pública. O presidente do Sindicato dos Bancários, Gladir Basso, lembrou que a corrupção é mais letal do que armas e drogas ao desviar dinheiro que deveria ser usado na saúde, educação e habitação.
Imbituva
Organizado pelo padre Leocádio Vytkowski, conhecido pelo engajamento político, o ato reuniu 300 pessoas.
Marechal Cândido Rondon
Um computador foi colocado à disposição da população e até as 20h, o indignômetro da cidade contava com 259 adesões. Houve exibição de um filme com mensagens do movimento e um histórico dos escândalos da Assembleia. Manifestantes: 200.
Campo Mourão
Na cidade, a articulação começou cedo, mas funcionários da prefeitura retiraram faixas colocadas nas principais avenidas e praça central da cidade. Um dos organizadores do movimento leu os nomes de deputados federais e estaduais que se manifestaram favoráveis ou contrários ao afastamento da mesa diretora da Assembléia. Manifestantes: 200.
Umuarama
Cerca de 200 pessoas participaram da manifestação. O promotor de justiça na comarca local, Carlos Roberto Moreno, pediu mais ação da comunidade contra a corrupção. "Nosso povo ainda é muito pacato, por isso, políticos corruptos sobrevivem. Vamos para as ruas protestar e expulsar esse povo de ficha suja."
Guarapuava
A mobilização foi marcada pela exigência de transparência, tanto na Assembleia Legislativa quanto na política local. Houve passeata e concentração de cerca de 150 pessoas
Outras cidades
Houve manifestações também em Pato Branco, Toledo e Rio Branco.
Fim da impunidade e mais respeito ao que é público. Pelo menos 6,9 mil pessoas reunidas em 15 cidades do interior do estado passaram um recado claro à Assembleia Legislativa do Paraná: os paranaenses acompanham com interesse e indignação os escândalos recentes.
Em Londrina, pelo menos 1,5 mil manifestantes atenderam ao chamado da OAB local, da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e da CUT. Uma hora antes da manifestação, as primeiras pessoas começaram a chegar ao calçadão. Quando os discursos começaram, os participantes reagiram com aplausos em diversos momentos. "É minha primeira manifestação. Vim aqui para trazer mais gente, porque é participando que a gente incentiva os outros a participar. É um absurdo o que está acontecendo e ficar em casa não vai resolver nada", afirmou o estudante Gabriel Darcin Souza, 18 anos. Ele e o amigo Felipe Salermo, 18 anos, defendem que a Mesa Diretora, especialmente, o presidente Nelson Justus e o 1.º secretário Alexandre Curi sejam afastados. "Sem isso eles vão continuar com manobras para escapar da punição", diz Felipe.
Lideranças comunitárias, estudantes, donas de casa e trabalhadores formaram um público de 1,3 mil pessoas em Ponta Grossa, todos com o coro afinado: "queremos um novo Paraná". O ato foi apoiado por cerca de 30 entidades. A OAB deixou a disposição dois computadores para que a população aderisse ao "indignômetro" do site do movimento. Até ontem à noite, Ponta Grossa era a primeira cidade do interior em número de adesões, com 1.350 assinaturas on-line. "O que aconteceu hoje em Ponta Grossa é uma demonstração da luta pela democracia porque envolveu pessoas de todas as classes e idades", disse o estudante e coordenador do Fórum Social em Defesa de Políticas Públicas, Joel de Oliveira.
Uma caminhada pelas ruas do centro da cidade com a participação de autoridades e de representantes de 22 entidades abriu a manifestação em Maringá. Segundo estimativa dos organizadores, pelo menos 500 manifestantes estiveram concentradas na Praça da Rodoviária Velha, sem contar as centenas de pessoas que passaram pelo local. "Conseguimos passar a mensagem ao cidadão, que é preciso discutir a corrupção, cobrar o mandato daqueles que elegemos. Hoje demonstramos nossa indignação e agora vamos encaminhar o manifesto à Assembleia e ao Ministério Público", disse o vice-presidente da OAB-PR, César Moreno.
Em Paranaguá, de acordo com organizadores, cerca de mil pessoas compareceram à Praça Fernando Amaro, no centro da cidade. No local, um telão relembrava o escândalo, trazido à tona pela Gazeta do Povo e RPC TV. Após o hino nacional, o microfone foi aberto para que a OAB, lideranças religiosas e do comércio se manifestassem. "Atos como esse têm o poder de derrubar o manto da impunidade. O rei vai se mostrar nu, e as pessoas vão entender o poder que possuem: o do voto. O eleitor vai conhecer quem é o herói e quem é o bandido", afirmou a chefe da subseção de Paranaguá da OAB, Dora Schuller.
Uma passeata pela Avenida Brasil com apitaço foi a forma de protesto de cerca de 800 pessoas em Foz do Iguaçu. Com faixas e cartazes, as pessoas pediram transparência e ética na política. Os manifestantes, com narizes de palhaço, chamaram a atenção também para as irregularidades que se espalham por todas as esferas e poderes do governo. "Tem sujeira por todos os lados. Isso que estamos vendo na Assembleia Legislativa é comum desde a prefeitura, a câmara de vereadores, até no Congresso Nacional", apontou o aposentado Vivaldino Alves de Oliveira. "Manifestações como essa deveriam acontecer sempre. Os que estão no poder precisam saber que a população não está contente. Chega de corrupção, de políticos pensando apenas em como se dar bem e fazendo de conta que não sabem por que foram eleitos", sugeriu o recepcionista de hotel e presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Turismo de Foz do Iguaçu (Sindetur), Wilson Martins.
Erika Pelegrino, de Londrina; Hélio Strassacapa, de Maringá; Vanessa Prateano, de Curitiba; Fabiula Wurmeister, de Foz do Iguaçu; Maria Gizele da Silva, de Ponta Grossa.
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