Veja a reportagem do ParanáTV sobre o julgamento dos envolvidos no escândalo dos Diários Secretos
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Está previsto para começar na segunda-feira (8), o julgamento do ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, o Bibinho, e mais seis envolvidos no escândalo Diários Secretos, revelados pela Gazeta do Povo e RPC TV há oito meses. Eles são acusados de desvio de formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público por funcionários públicos), lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
Além de Bibinho, os ex-diretores Claudio Marques da Silva e José Ary Nassif, e os ex-funcionários João Leal de Matos, Priscila da Silva Matos Peixoto, Maria José da Silva e Nair Terezinha da Silva Schibicheski serão julgados. A previsão é de que as audiências ocorram durante toda a semana.
Além dos réus, serão ouvidas oito testemunhas de acusação e 62 de defesa. Como ainda será preciso esperar pelos depoimentos de mais de 25 testemunhas que moram fora de Curitiba, a sentença só deve sair em dezembro.
O esquema de contratação de funcionários que nunca apareciam para trabalhar, mas recebiam e repassavam o dinheiro para outras pessoas foi denunciado há oito meses. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ainda investiga se deputados também foram beneficiados.
Segundo o promotor de justiça Odoné Serrano Júnior, a denúncia está muito bem colocada e explicada e as provas, documentais e testemunhais, são fortes. Ele explica que, em caso de condenação, a pena para cada um dos réus deve ser diferente.
Dois fatores são levados em consideração ao elaborar a sentença: o grau de participação e a culpabilidade individual. O juiz deve avaliar a contribuição de cada um para a execução dos crimes. No outro fator, quem tem bom nível de vida e teve acesso a estudo, ao praticar um crime contra o patrimônio público ou privado, tem uma reprovação maior do que aquele que vive em situação precária. "A lei exige mais de quem pode mais", explica o promotor.