O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Abib Miguel o Bibinho -, teve mais uma vez um julgamento adiado, nesta quarta-feira (17). A juíza Ângela Ramina decidiu desmembrar o segundo processo - assim como fez no primeiro julgamento - e o ex-diretor-geral será ouvido em 9, 10 e 13 de dezembro.
Abib Miguel é acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de chefiar o esquema de desvio de dinheiro da Casa de Leis.
O ex-diretor da Casa de Leis foi operado, em 5 de novembro, por causa de uma hérnia umbilical. Ele teve alta no dia 8 de novembro.
O advogado do ex-diretor-geral, Eurolino Sechinel Reis, afirmou que o réu não comparecerá às audiências até 4 de dezembro, pois até essa data Bibinho está de atestado médico.
O julgamento do primeiro processo de Bibinho foi marcado, inicialmente, para 8 de novembro. Naquela oportunidade, a defesa pediu a suspensão do julgamento - também por causa da saúde do ex-diretor-geral - e a audiência foi remarcada para 24 de novembro. No primeiro processo, Bibinho e outros seis réus são acusados de desviar pelo menos R$ 100 milhões dos cofres da Assembleia. A defesa de Bibinho também voltou a pedir a suspensão da juíza Ângela Ramina nesta quarta. O pedido foi indeferido pela juíza.
A ação que começou a ser julgada na manhã desta quarta-feira, por volta das 9h50, tem outros 12 réus. São eles os ex-diretores da Assembleia José Ary Nassiff (ex-diretor-administrativo) e Cláudio Marques da Silva (ex-diretor de pessoal), e o ex-funcionário da Assembleia Daor Afonso Marins de Oliveira, que está foragido da Justiça. Além deles, existem outros nove réus que são parentes de Daor.
Nassiff e Marques da Silva serão ouvidos nesta quarta-feira. O processo contra Daor e seus familiares também será julgado separadamente. Como os ex-diretores estão presos, devem ser julgados antes do restante dos réus.
Dispensa
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Justus (DEM), e o primeiro-secretário, deputado Alexandre Curi (PMDB), eram testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e foram dispensadas pelo órgão de prestar depoimento. O motivo da dispensa não foi divulgado.
No lugar de Curi, o MP convocou a funcionária da Casa de Leis Cleia Pereira Carazzai para depor. Cleia também é testemunha de defesa de um dos reús. Denúncia do MP-PR
Em maio, o MP-PR denunciou 13 pessoas por causa do esquema de contratação de funcionários fantasmas e desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa do Paraná. A denúncia foi assinada pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo a denúncia, o Gaeco encontrou 18 situações em que foram cometidos os crimes de formação de quadrilha, peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
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