Veja que inquérito foi aberto pela Polícia Federal para apurar irregularidades na Assembleia
- RPCTV
Nove dias após o presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), ter anunciado que a Casa investigaria as denúncias contra o Legislativo do Paraná, a comissão de apuração do caso ainda não está constituída. Ontem, Justus anunciou que os nomes dos integrantes da comissão só serão divulgados após o Tribunal de Contas do Paraná (TC) e o Ministério Público Estadual (MP) indicarem representantes para acompanhar os trabalhos. A Assembleia formalizou nesta quarta-feira o convite ao MP e ao TC para integrar a sindicância interna.
Somente após o anúncio da composição do grupo é que os integrantes vão marcar a data da primeira reunião de trabalho. E isso dependerá da disponibilidade de agenda de todos os integrantes.
A demora da Assembleia em abrir a investigação interna contrasta com a agilidade do MP e da Polícia Federal, que já começaram a apurar o caso.
E, enquanto o Legislativo não finalizar sua própria investigação, Justus e o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PMDB), não devem se pronunciar oficialmente sobre as denúncias. Ao menos é isso que os dois vêm declarando à imprensa quando são questionados sobre os indícios de irregularidades no Legislativo.
Dois representantes
O Ministério Público e o Tribunal de Contas poderão indicar dois representantes, cada um, para acompanhar os trabalhos da comissão interna de sindicância. "Mais uma vez, esta Assembleia, que tem na fiscalização dos demais poderes uma de suas atribuições constitucionais, dá o exemplo e prova cabal do seu interesse em apurar tudo", disse Justus, em comunicado escrito divulgado pela Assembleia. O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), considerou "corajosa" a atitude da mesa executiva em convidar os representantes do MP e do TC. "É uma resposta objetiva a um clamor da sociedade. Isso porque a comissão, que foi anunciada anteriormente, seria interna. E agora ela passa a ter outro caráter, integrada por auditores do Tribunal de Contas e por membros do Ministério Público."
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