O Ministério Público do Paraná (MP) reagiu às críticas do presidente da Assembleia, Nelson Justus. Em nota, o MP ressaltou que a Operação Ectoplasma 2 foi realizada com respaldo da Justiça e que o mandado de busca e apreensão de documentos foi requerido porque a Assembleia repassou informações incompletas e tentou de forma concreta "dificultar o acesso do MP aos documentos imprescindíveis" para a investigação.
O procurador Leonir Batisti, que coordena o grupo responsável pela investigação, repudiou qualquer insinuação de que a conduta do MP tenha sido contra a Assembleia como instituição. Ele afirmou que só foram apreendidos documentos que eram objeto do mandado de busca. "A pretensão do MP foi obter provas afirmativas da real extensão do desvio de dinheiro dentro da Assembleia", disse Batisti. "Em nenhum momento houve desrespeito ou ataque à Casa Legislativa."
Batisti ainda justificou a prisão e posterior soltura do diretor da gráfica da Assembleia, Luiz Carlos Monteiro, criticada por Justus e outros deputados. O procurador explicou que Monteiro já tinha sido ouvido pelo MP, mas não havia esclarecido como funcionava a gráfica onde seriam "legalizadas" irregularidades na Assembleia por meio da edição de atos secretos. "Depois que ele foi preso, ele explicou. Tanto que identificamos irregularidades na gráfica", contou Batisti.
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