O diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná, Eron Abboud, vai ser intimado pelo Ministério Público (MP) Estadual para explicar por que salários de uma funcionária da Casa foram parar na conta bancária dele. O MP também encaminhou ontem um ofício ao presidente da Assembleia, deputado Nelson Justus (DEM), para que a direção do Legislativo justifique o pagamento de salários de um servidor na conta de outro.
O procurador Arion Rolim de Moura, responsável pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias do Patrimônio Público, disse ontem que já existe um procedimento aberto que investiga casos em que um servidor recebe na conta de outro e que a situação envolvendo Abboud será apurada pelo Ministério Público.
Reportagem da Gazeta do Povo e da RPC TV revelou que, durante seis meses, nos anos de 2004 e 2005, a Assembleia Legislativa depositou o salário da funcionária Luciane Conceição e Silva na conta bancária de Eron Abboud. O Tribunal de Contas do Estado (TCE), que fiscaliza a Assembleia, afirmou que a prática é ilegal. Na época dos pagamentos, Abboud e Luciane trabalhavam na procuradoria-geral da Casa. Ontem a Gazeta do Povo procurou novamente Abboud e Luciane, mas a assessoria da Assembleia informou que eles não vão comentar o caso. Em nota, a assessoria informou que "no período em que foram feitos os referidos depósitos, a Mesa Executiva da Assembleia Legislativa era formada por outros parlamenares" e ainda que o "presidente do Poder Legislativo (Nelson Justus) solicitou formalmente ao diretor-geral explicações sobre os referidos depósitos, e determinou ao procurador-geral da Assembleia (Ayrton Loyola) que proceda a averiguação de todos os fatos mencionados na referida reportagem".
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) cobrou ontem publicamente uma resposta da Assembleia a respeito dos depósitos na conta de Abboud. Da tribuna, o petista fez um apelo ao presidente Nelson Justus para que a Casa dê uma resposta à sociedade para que não paire qualquer dúvida sobre a Assembleia. Em resposta ao petista, Justus informou que Eron Abboud ficou de responder o mais brevemente possível e que, assim que o o diretor o fizer, as explicações serão encaminhadas ao MP.
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