O Ministério Público Federal questionou decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antônio Dias Toffoli de suspender o trâmite de todas as investigações criminais abertas pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Federal (PF) para apurar irregularidades na Assembleia Legislativa do Paraná mostradas pela série de reportagens "Diários Secretos". O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou no dia 25 de junho ao ministro Dias Toffoli argumentos para que ele reconsidere a decisão liminar. Gurgel também formalizou um agravo regimental requerendo que o caso seja submetido ao plenário do Supremo, no caso de Toffoli manter o seu posicionamento.
A decisão de paralisar as investigações foi tomada por Toffoli no dia 7 de junho. O ministro aceitou o argumento do advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel. A tese apresentada pelo advogado é que o caso dos "Diários Secretos" é apenas um desdobramento do esquema gafanhoto, que já está em tramitação no Supremo por envolver deputados federais. A decisão liminar possibilitou a soltura de Abib Miguel, que passou 49 dias preso no quartel do Comando da Polícia Militar, em Curitiba.
Segundo nota do Ministério Público Estadual, Gurgel teria seguido a argumentação já apresentada pelo MP para pedir que Toffoli reveja o seu posicionamento. Os procuradores do estado argumentam que não existe conexão entre as atuais investigações e às relacionadas ao esquema gafanhoto em que eram desviados recursos públicos por meio do depósito dos vencimentos de servidores em uma única conta corrente.
Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
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