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Apesar do frio, milhares de paranaenses foram até a Boca Maldita para manifestar o descontentamento com a política no estado | Antonio Costa - Agência de Notícias Gazeta do Povo
Apesar do frio, milhares de paranaenses foram até a Boca Maldita para manifestar o descontentamento com a política no estado| Foto: Antonio Costa - Agência de Notícias Gazeta do Povo

Vídeos da manifestação somam mais de 3,5 mil visualizações

Os vídeos da manifestação do movimento "O Paraná que Queremos", transmitidos ao vivo do evento via internet pelo site da Gazeta do Povo, somaram mais de 3,5 mil views até as 21 horas desta terça-feira (8). O material é composto por trechos da mobilização na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. Além da movimentação do público, foram gravados trechos dos discursos de alguns dos representantes da entidades que apoiam o mobilização.

Todos eles foram armazenados, e podem ser vistos no canal da Gazeta do Povo no Qik.

A cobertura também teve repercussão positiva nas mídias sociais, com diversas menções positivas e de apoio no Twitter. Para conferir algumas dessas manifestações, clique aqui e confira o que foi comentado com a hashtag #oprquequeremos.

      A Gazeta do Povo acompanhou a mobilização que ocorreu em 13 cidades do Paraná nesta terça-feira (8) contra a corrupção na política e pediu a transparência no poder público. O movimento "O Paraná que Queremos" – encabeçado pela seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) – convocou a população para sair às ruas e pedir a moralização política na Assembleia Legislativa do Paraná.

      O ato público foi convocado em protesto contra a existência de diários secretos com nomeações de funcionários fantasmas na AL e que levaram o Ministério Público (MP), após investigações da RPCTV e Gazeta do Povo, a rastrear um desvio milionário de recursos que envolve diretores e deputados estaduais em um esquema que perdura há pelo menos 20 anos.

      Manifestação em Curitiba

      21h26 – Os números com relação à participação dos cidadãos na mobilização em Curitiba são discrepantes. De um lado, a Polícia Militar afirmou que 4 mil pessoas passaram pelo ato na Boca Maldita e que 2,5 mil pessoas acompanharam toda a manifestação. Em contrapartida, os organizadores do ato afirmaram que aproximadamente 30 mil pessoas foram à Boca Maldita protestar contra a corrupção e pedir a moralização da Assembleia Legislativa.

      Já nas manifestações que ocorreram no interior do Paraná, a estimativa é de que 6,7 mil pessoas tenham participado. 21h07 – Os discursos na Boca Maldita acabaram por volta das 20h30. Mas, estudantes permaneceram protestando no local até as 21 horas.

      21h05 - O vice-presidente do grupo RPC, Guilherme Döring Cunha Pereira, ressaltou em seu discurso que a mobilização que ocorreu em 13 cidades do Paraná pode representar o nascimento de um novo estado, o qual será exemplo para o país e que não permitirá a corrupção nos órgãos públicos."Não podemos admitir a corrupção na Assembleia Legislativa. A corrupção não é inevitável. É falso que isso sempre tenha sido assim e que tenha que continuar assim", afirmou o vice-presidente da RPC. Mobilização em Paranaguá

      20h59 - Em Paranaguá, no Litoral do estado, cerca de mil pessoas compareceram à Praça Fernando Amaro, no centro da cidade, de acordo com os organizadores. No local, um telão relembrava o escândalo, trazido à tona por reportagens da Gazeta do Povo e da RPCTV na série Diários Secretos. Após o Hino Nacional, o microfone foi aberto para que a OAB, lideranças religiosas e do comércio se manifestassem. No ato, estavam presentes o vice-prefeito de Paranaguá e diversos vereadores. Nenhum deles foi convidado a falar.

      Na plateia, jovens, idosos e adultos atentos ao que era exposto. "Atos como esse têm o poder de derrubar o manto da impunidade. O rei vai se mostrar nu, e as pessoas vão entender o poder que possuem: o do voto. O eleitor vai conhecer quem é o herói e quem é o bandido", afirmou a chefe da Subseção de Paranaguá da OAB, Dora das Neves Schuller.

      O bispo de Paranaguá, dom João Alves dos Santos, que também falou à população, afirmou que estava contente com a adesão. "É um momento muito importante, e deve ser visto como uma oportunidade de retomar um diálogo verdadeiro entre quem vota e os políticos", disse o bispo.

      Mobilização em Imbituva

      20h55 - Houve manifestação também em Imbituva, nos Campos Gerais. O ato foi organizado pelo padre Leocádio Vytkowski, conhecido pelo engajamento político. Às 19 horas, na praça em frente à paróquia de Santo Antônio, ele discursou sobre a importância de acompanhar a política e cobrar respeito ao que é público.

      O promotor público da cidade, Eduardo Ratto Vieira, e pastores das igrejas Presbiteriana e Menonita também discursaram e, no final, houve orações e bênçãos.

      Manifestação em Curitiba

      20h44 - Um dos paranaenses engajados no movimento "O Paraná que Queremos" é o funcionário público Marcos Drischel. Para ele, a mensagem que a mobilização desta terça-feira (8) deixou foi a de que a população precisa acreditar e participar para que haja mudança na política paranaense. "Estou otimista com esse movimento e vou participar de todos os atos que ocorrerem", afirmou o funcionário público.

      20h32 – Os estudantes também marcaram presença na mobilização na Boca Maldita. Representantes da União Paranaense dos Estudantes (UPE) e da União Paranaense dos Estudantes (Upes) discursaram e puxaram o grito de "Fora Justus". Os estudantes fizeram até um rap para defender o afastamento do presidente da Assembleia Legislativa.

      Ato em Umuarama

      20h25 - A manifestação pela ética na política do Paraná também ocorreu em Umuarama, no Noroeste do Paraná. O ato começou às 18 horas, na Praça Miguel Rossafa, durou uma hora e serviu também para relembrar os desvios de aproximadamente R$ 500 mil no Legislativo Municipal, há quatro anos, e que ainda não foram esclarecidos nem teve ninguém punido.

      Cerca de 200 pessoas entre estudantes, advogados e representantes dos mais diversos segmentos participaram da manifestação. No discurso, a presidente da APP-Sindicato, Sebastiana Ruiz Garcia disse que o movimento "O Paraná que Queremos" precisa cobrar um esclarecimento e punições também para as denúncias na Câmara de Umuarama.

      Mobilização em Curitiba

      20h14 – O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, fez a entrega simbólica do projeto de lei que pretende estabelecer mecanismos para garantir mais transparência na administração pública do Paraná. A entrega foi feita aos deputados estaduais que são favoráveis ao afastamento dos integrantes da Mesa Diretora da Assembleia.

      20h05 – Os deputados estaduais Marcelo Rangel (PPS) e Tadeu Veneri (PT) discursaram na Boca Maldita e destacaram a importância da mobilização dos paranaenses. Os dois parlamentares apoiam o movimento "O Paraná que Queremos" e o afastamento dos membros Mesa Diretora da Casa de Leis.

      1,5 mil pessoas na manifestação em Londrina

      20h - O protesto contra a corrupção e desvios de dinheiro na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná reuniu aproximadamente pelo 1,5 mil pessoas em Londrina nesta terça-feira (8), segundo levantamento dos organizadores. A concentração no Calçadão começou às 17 horas, quando representantes começaram a série de discursos que pediram o afastamento dos integrantes da Mesa Diretiva.

      Manifestação em Marechal Cândido Rondon

      19h57 - Marechal Cândido Rondon, na região Oeste estado, foi outro município que participou do ato contra a corrupção. Na cidade, o ato público começou às 18 horas com a apresentação de um DVD com mensagens do movimento e um histórico dos escândalos na Assembleia Legislativa. O público foi estimado em 200 pessoas pelos organizadores, entre eles, a subseção da OAB na cidade, a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Marechal Cândido Rondon (Acimamar) e o Observatório Social da cidade.

      O presidente da OAB no município, João César Portela, afirmou que o movimento foi importante para despertar o interesse das pessoas pelo assunto, e que a tendência é que a população da cidade se envolva cada vez mais com assuntos de interesse público. "Atingimos nosso objetivo, que era aproximar as pessoas do assunto, e conscientizá-las", afirmou.

      Nos próximos dias, os organizadores também devem se reunir para avaliar os resultados do ato. "Com certeza, vamos continuar batendo nessa tecla. Manifestações como essa chamam a atenção e fazem com que as pessoas se envolvam mais", diz o presidente do Observatório Social, Marcelo Becker.

      Mobilização em Paranavaí

      19h45 – A mobilização contra a corrupção também ocorreu em Paranavaí, no Noroeste do estado. Segundo os organizadores, cerca de 400 pessoas compareceram ao ato público. Mais de mil bottons e 600 adesivos foram distribuídos a pedestres e motoristas. A manifestação na cidade começou às 17 horas para aproveitar o movimento de pessoas que saíam do trabalho ou que faziam compras no comércio.

      O presidente da subseção da OAB em Paranavaí, Fábio Franco, afirmou que a manifestação foi considerada um sucesso. "Para um dia de semana, com o dia já escurecendo, considero um número muito bom". De acordo com ele, apenas representantes da OAB e da Associação Comercial e Industrial de Paranavaí (Aciap) puderam discursar. "Para que a manifestação não perdesse de vista o seu objetivo, que é ser uma manifestação apartidária".

      O presidente da Aciap, Carlos Augusto da Costa, disse que o próximo passo é trabalhar para que o próprio movimento não perca seu foco. "Ele não pode morrer. Se não continuarmos, tudo que fizemos até agora perde o sentido. Por isso, nos próximos dias, vamos fazer um balanço de hoje e partir para novas ações".

      Ato em Curitiba

      19h40 - "Essa caminhada não acaba nesta mobilização. A manifestação acabará no dia 3 de outubro – nas urnas -, quando faremos a limpeza na Assembleia Legislativa do Paraná", afirmou o presidente da Força Sindical, Sérgio Butka.

      19h34 – O pedido de ética na política e moralização da Assembleia Legislativa continuou dando o tom aos discursos na Boca Maldita. A questão foi defendida por oradores de diversos segmentos, tais como: o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante; o jurista René Dotti; o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures; o presidente da Força Sindical, Sérgio Butka, entre outros. Eles ressaltaram que a corrupção é um mal do Brasil e que o Paraná está dando exemplo para o país.

      19h21 – Um dos políticos que apoia o movimento "O Paraná que Queremos" e participou da mobilização na capital paranaense foi o deputado federal Dr. Rosinha (PT). Segundo o parlamentar, as manifestações em todo o estado mostram que os paranaenses sabem o que querem. "A população quer ética na política", disse o deputado petista.

      19h06 – População cantou o Hino Nacional na Boca Maldita, em Curitiba. O coro foi puxado por Mel Maia, atriz e cantora paranaense.

      19h – O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, defendeu o afastamento da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e afirmou que o "povo diz chega à corrupção". Segundo Glomb, o passado cabe à Justiça julgar, mas o futuro pode ser mudado por meio do voto consciente. "O futuro depende de nós e mudaremos votando em políticos de ficha limpa", afirmou o presidente da OAB-PR.

      18h52 – O vice-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Alberto de Paula Machado, disse que a mobilização desta terça-feira é um marco histórico. Machado afirmou que "a corrupção é uma doença que atinge os órgãos públicos" e também ressaltou a necessidade do afastamento da Mesa Diretora da Casa de Leis.

      18h49 - Um dos manifestantes que foi até a Boca Maldita para pedir ética na política foi Nilvo Genova, 60 anos, economista aposentado pelo Banco Central. Vestindo uma camiseta com a frase "Fora Justus", ele defendeu o afastamento da Mesa Diretora da Assembleia. "O Brasil está entregue a uma classe política podre. Precisamos lutar contra isso", opinou o economista aposentado.

      Mobilização em Maringá

      18h23 - A mobilização também já começou em Maringá, no Noroeste do Paraná. Centenas de pessoas foram até a Praça da Rodoviária Velha, para a manifestação contra a corrupção na Assembleia Legislativa do Paraná.

      O protesto começou por volta das 17h30 desta terça-feira (8), quando cerca de 100 pessoas se reuniram para uma passeata e um buzinaço na região central da cidade. Por volta das 18h, lideranças políticas e empresariais, além de populares empunhavam várias faixas.

      Segundo o organizador do movimento e vice-presidente da OAB-Maringá, César Moreno, o objetivo é demonstrar a indignação da sociedade frente aos desmandos que vêm sendo denunciados. "Essa é a oportunidade de fazermos uma reflexão e defendermos a democracia. Vamos propor a discussão em vários âmbitos, como escolar, familiar e no trabalho. É um momento ímpar para colocarmos nossa liberdade de expressão", disse.

      Manifestação em Curitiba

      18h10 – O show da banda Blindagem começou em Curitiba. A mobilização na Boca Maldita era grande. Milhares de pessoas aguardavam o início da manifestação contra a corrupção, na capital paranaense.

      A concentração já ocupava o Calçadão da Rua XV – da Boca Maldita até o Palácio Avenida. Bandeiras do Brasil e do Paraná estavam sendo distribuídas no local.

      Protesto em Londrina

      17h30 - A mobilização começou em Londrina, no Norte do Paraná, por volta das 17 horas. Aproximadamente 50 pessoas já estavam no Calçadão, no Centro da cidade, onde se concentrará a manifestação.

      "A sociedade está voltando a se envolver, depois de uma série de movimentos em Londrina, que já teve até cassação de prefeito", afirmou o diretor do Sindicado dos Bancários de Londrina, Geraldo Fausto dos Santos, referindo-se à cassação do ex-prefeito Antonio Belinati, hoje deputado estadual e que se manifestou contra o afastamento da Mesa Diretiva.

      Os participantes devem cantar os hinos do Paraná e de Londrina. Também continua a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado que pede o afastamento ou a renúncia de Nelson Justus (PMDB) e Alexandre Curi (PMDB), respectivamente presidente e 1º secretário da AL. Ambos são acusados de contratar uma rede de parentes e apaniguados políticos que contribuíram diretamente para o desvio de recursos da Assembleia do Paraná.

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