Desde o início da publicação da série "Diários Secretos", algumas medidas foram anunciadas pela direção da Assembleia Legislativa, mas ainda há muitas questões que não foram esclarecidas:
Os diários oficiais da Assembleia eram escondidos de forma deliberada a mando de quem?
O diretor de arquivo da Assembleia, Walter Kraft, sem saber que estava sendo gravado, admitiu que os diários oficiais da Casa eram escondidos de forma deliberada, para que a população e a imprensa não tivessem acesso às decisões internas do Legislativo.
Por que há atos da Assembleia que não aparecem nos diários oficiais que a reportagem teve acesso? Do que tratam essas decisões?
Levantamento da Gazeta do Povo e da RPC TV mostra que há 2.178 atos secretos da Assembleia, de 1º de janeiro de 2006 a 31 de março de 2009.
Há um esquema de fraude nas aposentadorias de servidores da Assembleia?
Nos últimos dez anos, pelo menos 23 servidores da Casa se aposentaram por invalidez. O número é elevadíssimo, pois, no período, foram apenas 79 aposentadorias.
Como a Assembleia pagou salários acima do limite previsto pela lei sem que nenhum deputado ficasse sabendo?
Entre janeiro de 2004 e abril de 2009 foram pagos salários acima do teto legal do Legislativo paranaense (R$ 20 mil) a 73 pessoas.
Ninguém tinha conhecimento de que muitos dos servidores nunca trabalharam na Casa?
Os deputados costumam alegar que pagam agentes políticos que atuam em seus redutos eleitorais. Mas a reportagem encontrou casos de servidores que vivem em Santa Catarina e Goiás.
Por que a Assembleia não adota medidas efetivas de controle da presença dos servidores?
A série de reportagens Diários Secretos revelou muitos servidores fantasmas, algo recorrente no Legislativo do Paraná há muitos anos.
Por que há tantos casos de nomeações de servidores retroativas ou antecipadas?
Edições às quais a reportagem teve acesso mostram que há um caso de nomeação publicada em 2008, mas valendo a partir de 2001. Segundo especialistas, esse tipo de ato é totalmente irregular.
Como o diretor-geral afastado da Assembleia, Abib Miguel, conseguiu manter-se por mais de duas décadas no cargo, ter montado um suposto esquema de apadrinhamento e de desvio de recursos sem que nenhum deputado soubesse?
Documentos obtidos pela reportagem mostram que Abib montou um grande esquema para beneficiar amigos e sócios com dinheiro público. Essas pessoas receberam cerca de R$ 11 milhões em depósitos feitos pela Assembleia entre 2004 e 2009.
Quem recebeu o dinheiro pago pela Assembleia que muitas pessoas nomeadas afirmam não ter recebido?
Dentre os nomeados há taxista, garçom, pedreiro, empresário, advogada. Alguns dizem nunca ter trabalhado para a Assembleia. Outros nem sequer moram no Paraná.
Por que o nome de pelo menos 36 servidores da Assembleia foram omitidos da lista de servidores da Casa divulgada em abril do ano passado?
O grupo de funcionários recebeu salários no período, mas não apareceu na lista, levantando suspeitas de que seus nomes foram retirados de forma deliberada. Levantamento da Gazeta do Povo e da RPC TV indica que o número de servidores que sumiu da lista pode ser ainda maior: 607.
Por que há setores administrativos da Assembleia com tantos servidores? Há necessidade disso?
Levantamento da Gazeta do Povo e da RPC TV descobriu que a primeira-secretaria tem 125 servidores à disposição e a presidência, 73.
Por que a Assembleia contrata servidores comissionados (sem concurso, de indicação política) para cedê-los a outros órgãos públicos, contrariando o que diz a Constituição, que proíbe a cessão de funcionários com cargos em comissão?
Pelo menos 20 servidores comissionados da Assembleia foram cedidos outros órgãos públicos. Desses, a Casa paga o salário de 19.
Decisão do STF que flexibiliza estabilidade de servidores adianta reforma administrativa
Lula enfrenta impasses na cúpula do G20 ao tentar restaurar sua imagem externa
Declaração final do G20 aborda taxação de super-ricos, guerras e regulação de IA
Xingamento de Janja rouba holofotes da “agenda positiva” de Lula; ouça o podcast
Deixe sua opinião