Os três principais pré-candidatos ao governo do estado participaram do evento "Paraná Livre da aftosa sem vacinação", em Curitiba, na tarde desta quinta-feira (18), e comentaram as denúncias sobre as irregularidades na Assembleia Legislativa. O senador Osmar Dias (PDT), o vice-governador Orlando Pessutti (PMDB) e o prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) defenderam que os atos secretos e os diários avulsos da Assembleia sejam investigados. O evento tratou da agricultura e da pecuária paranaense e reuniu cerca de dois mil produtores.
O governador Roberto Requião (PMDB) também participou do evento e defendeu o presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM). Requião afirmou que confiava no trabalho de Justus e que considerava o presidente da Assembleia uma pessoa correta.
Richa e Pessutti destacaram a importância das medidas anunciadas pela própria Casa como a abertura de sindicância e o recadastramento anual dos funcionários da Assembleia em resposta às denúncias sobre as irregularidades da Casa apresentadas na série Diários Secretos pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPC-TV.
Já o senador do PDT, Osmar Dias, defendeu que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) investigue o Legislativo paranaense. Dias afirmou também que ainda é cedo para que ocorram afastamentos na Assembleia. Segundo Dias, primeiro é preciso que haja investigação e julgamento.
Requião também falou sobre possíveis afastamentos e teve posicionamento semelhante ao que foi defendido por Dias, ou seja, é preciso aguardar as investigações antes de tomar providências nesse sentido.
Despedida
O governador Roberto Requião (PMDB) também discursou em tom de despedida. Requião afirmou que vai se licenciar para concorrer às eleições desse ano. Ele que deve sair candidato ao Senado disse que ainda tem esperança de concorrer à presidência da República, o que, segundo o governador, dependeria apenas do PMDB.
Outro lado
A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) divulgou nota sobre a audiência pública que foi suspensa. A entidade defendeu que a interrupção da audiência foi um indicativo de que o mínimo regional precisa de discussões aprofundadas. O órgão afirmou que há necessidade de chegar "a uma proposta equilibrada e benéfica tanto para o setor produtivo quanto para os trabalhadores do estado".
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