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Veja que deputados evitaram falar no plenário sobre as prisões de três ex-diretores da Assembleia

O desembargador Ivan Campos Bortoleto deve julgar hoje o mandado de segurança do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Assembleia Legislativa do Paraná que tenta suspender o fornecimento dos dados financeiros dos servidores do Legislativo. O processo é contra a iniciativa do presidente da Casa, Nelson Justus, de repassar ao Ministério Público documentos com informações sobre os funcionários da Assembleia.

O sindicato é presidido pelo ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel, que está preso desde sábado acusado de formação de quadrilha para falsificar documentos, desviar dinheiro público (crime de peculato) e lavar dinheiro. No dia 22 de março, Abib Miguel pediu afastamento de 90 dias do comando do sindicato. A vice-presidente da instituição, a servidora aposentada da Assembleia Diva Scaramella Ogibowski, disse que entrou com a medida judicial depois que foi procurada por alguns funcionários concursados que estavam descontentes com o fornecimento de dados dos servidores que trabalharam na Casa no período de 2000 a 2010.

No mandado, que a Gazeta do Povo teve acesso, os advogados defendem que as informações sobre pagamentos devem ficar restritas aos 41 servidores investigados no Inquérito Civil 01/2010 aberto pelo MP. O mandado se apóia no direito constitucional de intimidade e relata que as informações prestadas por Justus quanto ao pagamento de servidores representa quebra do sigilo fiscal sem a devida autorização judicial.

O coordenador do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado, promotor Leonir Batisti, disse desconhecer o mandado de segurança, mas considerou a medida judicial do sindicato como "bisonha, incoerente e fora de propósito". Desde que a série de denúncias "Diários Secretos" veio à tona, o MP abriu mais de 20 investigações para apurar as irregularidades.

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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