O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná negou mais um pedido de habeas corpus para o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa do Paraná Abib Miguel, o Bibinho. Na quinta-feira, dois desembargadores votaram contra a soltura e um a favor. Um dos votos contrários ao habeas corpus foi do relator, desembargador José Mauricio Pinto de Almeida. O resumo do processo não informa quem foi o outro desembargador que votou contra a liberação. Já o desembargador Lídio Rotoli foi favorável à liberdade. O primeiro pedido de habeas corpus foi negado em 27 de agosto.
Bibinho foi preso novamente em 26 de agosto, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou a decisão que o mantinha solto. O ministro do STF José Antônio Dias Toffoli suspendeu a liminar que interrompia a investigação sobre as denúncias de irregularidades da Assembleia. Bibinho ficou 76 dias em liberdade.
Anteriormente, o entendimento do STF era de que as investigações na Assembleia eram desdobramentos de um esquema chamado "gafanhotos". Como havia o envolvimento de alguns deputados estaduais que se elegeram para a Câmara Federal, o caso é investigado pelo STF. Por isso, o órgão havia suspendido as investigações abertas pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal na área criminal.
O ex-diretor administrativo da Assembleia José Ary Nassiff foi preso no dia 26 de agosto por causa da reformulação do entendimento do STF. Já o ex-diretor de pessoal Cláudio Marques da Silva se entregou em 31 de agosto. Daor Afonso Marins de Oliveira, ex-funcionário da Casa, continua foragido.
Bibinho foi preso pela primeira vez em 2 de maio. Ary Nassiff, Claudio Marques da Silva e o servidor João Leal de Mattos também foram detidos na ocasião. Bibinho é acusado pelo Ministério Público de chefiar uma quadrilha que pode ter desviado aproximadamente R$ 100 milhões da Assembleia.