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O trabalho da comissão de sindicância que investigará as irregularidades da Assembleia Legislativa causou polêmica na sessão plenária desta terça-feira (30). O deputado estadual Tadeu Veneri (PT ) criticou o procedimento de trabalho da comissão e disse que estava com receio dos resultados que serão apresentados. Já o presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), respondeu às críticas de Veneri e disse que o deputado não precisava ficar preocupado. Justus disse que a Assembleia Legislativa teve "dificuldades extraordinárias", mas já tinham ocorrido avanços e que isso ninguém poderia negar.

A comissão foi formada na segunda-feira (29) quando o presidente da casa anunciou os nomes dos três servidores da Assembleia que farão parte da comissão de sindicância. Os escolhidos foram Marco Antônio Marconcin (um dos procuradores da Assembleia). Airton Cesar Santin (sub-coordenador) e José Carlos Pereira Portela (consultor legislativo). Marconcin trabalha na Casa há quase 50 anos e deverá chefiar a equipe de sindicância. Além desses, dois servidores do Tribunal de Contas (TC) do Estado do Paraná farão parte da comissão. A sindicância tem 15 dias para apresentar resultados.

Veneri afirmou que os parlamentares deveriam ser informados periodicamente sobre o resultado das investigações da comissão. O deputado petista disse ainda que temia que, ao final dos 15 dias da sindicância, a comissão não tivesse as respostas que a sociedade paranaense espera. "Toda empresa tem um plano de trabalho. E a comissão deveria apresentar o seu (plano) também", afirmou Veneri.

Já Justus argumentou que todos sabiam que o prazo dos trabalhos da comissão era 15 dias e defendeu as medidas tomadas pela Casa na investigação das irregularidades da AL. As denúncias foram feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPC-TV. "Isso aqui (Assembleia Legislativa) é um poder e tem que ser respeitada como tal", argumentou o presidente da Casa.

Deputados na sindicância

Veneri questionou ainda o fato de a comissão de sindicância não contar com a participação de nenhum deputado. Justus respondeu afirmando que as denúncias eram contra servidores da Casa e não contra parlamentares.

Assista à reportagem em vídeo:

Veja todas as denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.

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