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“Lembro-me como se fosse hoje. Meu pai caiu, minha mãe o abraçou e a sua roupa branca ficou cheia de sangue”, Adriano Sabbadin (ao lado), filho de Lino Sabbadin, açougueiro morto por Cesare Battisti, segurando a foto do pai | Rosana Félix / Gazeta do Povo
“Lembro-me como se fosse hoje. Meu pai caiu, minha mãe o abraçou e a sua roupa branca ficou cheia de sangue”, Adriano Sabbadin (ao lado), filho de Lino Sabbadin, açougueiro morto por Cesare Battisti, segurando a foto do pai| Foto: Rosana Félix / Gazeta do Povo

Alberto Torregiani e Adriano Sabbadin ainda esperam um desfecho que eles consideram positivo para o caso Cesare Battisti: a extradição. Mas, assim como Maurizio Campagna e Alessandro Santoro – também parentes de vítimas do PAC, cujas histórias foram relatadas ontem pela Gazeta do Povo –, nenhum deles arrisca dizer qual seria a saída jurídica para isso.

Em fevereiro, após o recesso judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a avaliar o caso. Apesar de a decisão de Lula ter contrariado o julgamento feito pelos ministros – que por 5 votos a 4 disseram sim à extradição –, não se sabe se é possível alguma revisão.

Para Alberto Torregiani, a presidente Dilma Rousseff (PT) deveria tomar uma atitude. "Sempre se pode remediar. Mesmo que seja a decisão de um presidente. Não acho que, em nenhuma constituição de um país democrático, tenha algum artigo que diga que não se pode voltar atrás numa coisa dessas. Se a palavra de um presidente não puder ser reformada, então existe uma ditadura", observa. "Se a presidente Dilma não fizer nada, vai mostrar que o Lula ainda manda", diz ele, que é filiado a um partido de direita na Itália.

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