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Com faixas e apitos, os jovens se unem em coro pedindo justiça e transparência administrativa. A mobilização chama a atenção de todos. João é preso no meio da manifestação. A liberdade vem em seguida, depois da interferência de um advogado |
Com faixas e apitos, os jovens se unem em coro pedindo justiça e transparência administrativa. A mobilização chama a atenção de todos. João é preso no meio da manifestação. A liberdade vem em seguida, depois da interferência de um advogado| Foto:

Comprometimento público

A iniciativa para a regulamentação da defensoria pública no Paraná deve partir do poder executivo. O assunto costuma retornar à discussão frequentemente. O advogado penalista Eduardo Sanz defende que a população exija dos candidatos ao governo estadual comprometimento público com a criação da instituição. "A cada ano que passa vemos uma situação que não melhora. Só vou acreditar na promessa de uma Defensoria quando já for realidade", afirma a presidente da Organização Jurídica de Apoio ao Cidadão, Solange Aparecida de Souza.

Recentemente, o governo do Paraná anunciou que tem a intenção de implementar defensoria pública efetiva no estado ainda em 2010. Mas o plano ainda depende da aprovação da Assembleia Legislativa e de orçamento disponível.

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Assim como João, todos os cidadãos devem ter acesso à Justiça, independentemente da situação em que se encontrem. Direito ligado a defensorias públicas para que pessoas com menor condição financeira também contem com assistência jurídica gratuita. Porém, há cerca de 20 anos, o Paraná descumpre a lei e não oferece o serviço à população, um de seus principais deveres. No Brasil, somente Santa Catarina e Goiás encontram-se em situação irregular semelhante.

"Justamente as pessoas que mais precisam desse serviço não têm acesso nem como ir atrás de seus direitos. (A falta de defensorias públicas) é um sistema perverso que, na prática, impede o acesso à Justiça", comenta o advogado penalista Eduardo Sanz, professor do Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba).

Para contornar o problema, desde 1991, uma defensoria vinculada ao governo estadual foi criada para atender exclusivamente casos de Curitiba. "Essa instituição não está de acordo com a Constituição porque não possui autonomia. O Paraná não tem uma defensoria pública efetiva", critica Sanz. A chefe da Defensoria Pública do Paraná, Josiane Fruet, reconhece a necessidade de regulamentar o órgão e a abertura da carreira de defensor público a partir de concursos.

Hoje, a defensoria paranaense provisória tem 46 advogados e 110 estagiários. A estrutura montada dá conta de atender cerca de 150 casos diariamente. Em 2008, o serviço chegou a ficar suspenso por alguns dias para dar andamento a processos parados.

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Está na lei

O artigo 134 da Constituição estabelece que o "Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos". Para este fim, determina que a defensoria pública é essencial. O direito também ganha destaque na Constituição do Estado do Paraná, de 1989.

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