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Conectado às novas tecnologias, o filho de João entra em caminhos virtuais obscuros. Sem ter noção do que acontecia, o menino estava prestes a ser assediado. João desconfia da postura do filho e impede que algo pior aconteça |
Conectado às novas tecnologias, o filho de João entra em caminhos virtuais obscuros. Sem ter noção do que acontecia, o menino estava prestes a ser assediado. João desconfia da postura do filho e impede que algo pior aconteça| Foto:

Escolha do público

52,4% Filho de João fica em perigo na internet.

47,6% João tem a conta bancária invadida por hackers.

Legislação genérica

Apesar de necessitar de algumas adaptações, o Código Penal, de 1940, é aplicado aos cibercrimes. Nele estão descritos crimes como estelionato, contra a honra e furto qualificado, sem grandes especificações. Para criar certo controle, a Lei Estadual 16.241/2009 exige que proprietários de estabelecimentos que comercializem acesso à internet cadastrem e monitorem por vídeo todos os usuários dos computadores. O cadastro deve ser mantido por dois anos.

  • Veja dicas para monitorar seu filho na internet

Mais de 15 mil casos foram atendidos pelo Núcleo de Combate aos Cibercrimes do Paraná (Nuciber) desde 2006. Segundo o delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, mais de 70% das ocorrências são de crimes contra o patrimônio, que envolvem desvios de dinheiro de contas bancárias e estelionatos. "Depois vêm os crimes contra a honra, como a exposição de imagens ou de material que atingem a imagem da vítima", afirma.Nos dois casos, as provas são determinantes para encontrar o criminoso, que muitas vezes usa identidade falsa. "Se for uma transação pela internet, grave toda a negociação feita por e-mail, capture imagens das telas do site e guarde esse material em uma pasta", alerta Oliveira. Se envolver crime contra a honra, as provas são ainda mais importantes. "É preciso ser rápido e salvar o material antes que a pessoa retire do ar. O ideal é imprimir a prova e levar até um cartório para lavrar uma ata notarial, que comprova a veracidade do documento", acrescenta.

Mesmo com as provas, há casos em que a solução não é tão simples. Nas compras ou vendas pela internet, por exemplo, é quase impossível recuperar o dinheiro de volta. Por isso, o melhor mesmo é ser cuidadoso e desconfiar. "Antes de clicar em um link, executar um programa, comprar algo pela internet ou enviar fotos, é melhor pesquisar e pensar várias vezes", alerta Wanderson Castilho, especialista em análise forense digital.

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Denuncie!

Se você foi vítima de crime digital, registre ocorrência em uma delegacia. Em Curitiba, há uma das oito unidades especializadas do Brasil. O Nuciber fica na Rua José Loureiro, 376, 1.o andar – Centro. Contato: (41) 3883-8100. Endereços das delegacias do Paraná estão no site www.policiacivil.pr.gov.br.

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Proteja-se

Confira algumas dicas para não cair em golpes digitais:

- Não clique em links recebidos por e-mail. Digite você mesmo o endereço do site.

- Passe o antivírus em pendrives antes de usá-los.

- Sites de órgãos oficiais e instituições bancárias não pedem informações de dados cadastrais pela internet. Se isso acontecer, entre em contato com a instituição.

- Desconfie de erros de português ou de configuração em sites de instituições renomadas.

- Quando fizer transações financeiras e estiver na etapa de fornecer os dados dos cartões, observe se antes do endereço do site existe a sigla "https" acompanhada de um cadeado fechado. Isso garante que o ambiente é seguro.

- Sempre opte por pagamento em cartão de crédito. Se a mercadoria não chegar no prazo, você pode cancelar o pagamento.

Fonte: Wanderson Castilho, especialista em análise forense digital e diretor da E-Net Security.

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