O Brasil hoje é um país melhor, após a passagem do vice-presidente da República, José Alencar, pelo governo. De espírito agregador, muita sabedoria, generosidade e simpatia, esse saudoso amigo emprestou sua praticidade e carisma para construir pontes entre trabalhadores, empresários e lideranças, de modo geral, de forma a alinhar forças em prol do bem geral.
Como membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo Lula, desde sua concepção, tive a satisfação de estar próximo desse grande empresário que rompeu tabus, destruiu preconceitos e estabeleceu importante articulação política e social para a consolidação da democracia brasileira. Deixa marca indelével na história de nossa Nação.
É sabido que os líderes trabalhistas fazem política enquanto que os empresários em geral só fazem lobby. Por isso poucos empresários chegam ao exercício de cargos públicos relevantes. José Alencar foi um desses poucos exemplos, mas foi um gigante. Homem rico, mas, sobretudo humilde, nunca ficou obcecado com o poder, e dessa forma, emprestou sua notável experiência de vida aos interesses públicos.
Mostrou, na sua plenitude, até seu último suspiro, a marca da grandeza de um autêntico estadista. Ainda que sempre fiel ao presidente, nunca se distanciou de suas opiniões e posicionamentos. Quem não se lembra de suas declarações contra as elevadas taxas de juros brasileiras? Ou, de suas oportunas e discretas intervenções para moderar os radicais de todos os matizes?
Com a sua vocação empreendedora, construiu um império industrial. Passou de pequeno varejista a importante empresário e exerceu a presidência da Federação das Indústrias de Minas Gerais. Com a sua invulgar vocação política, foi decisivo tanto na eleição como no exercício dos dois governos do presidente Lula. José Alencar Gomes da Silva é nosso melhor exemplo de empresário cidadão. Mais do que isso: de empresário estadista.
Rodrigo da Rocha Loures, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná
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