A professora aposentada Rosemary de Morais, de 56 anos, que move uma ação judicial para ser reconhecida como filha de José Alencar, disse nesta terça-feira(29) que recebeu "com tristeza" a notícia sobre a morte do ex-vice-presidente da República. Moradora de Caratinga, no Vale do Rio Doce mineiro, cidade em que já morou Alencar, Rosemary conseguiu em meados do ano passado decisão favorável em primeira instância.
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O juiz José Antônio de Oliveira Cordeiro, da Comarca de Caratinga, concedeu à professora aposentada o direito de adotar o sobrenome do então vice-presidente, em ação de investigação de paternidade instaurada em 2001. A defesa de Alencar recorreu e o processo - que corre sob sigilo - será remetido para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG).
Com a voz embargada, Rosemary afirmou que se sentiu "muito mal" ao saber da morte do alegado pai. "Gostaria de ter resolvido tudo quando ele estava vivo, mas não teve jeito. Prefiro não falar mais nada. Só eu e Deus sabemos o que estou sentindo", disse. A professora aposentada não quis fazer comentários sobre o processo. "Tudo o que eu tinha para falar sobre essa ação, já falei". Na ação, Rosemary alegou que a mãe, Francisca Nicolina de Moraes - que morreu no início do ano passado -, conheceu Alencar em meados de 1953, quando ambos moravam em Caratinga.
Segundo a ação, na época o ex-vice presidente já era um próspero comerciante de tecidos na cidade e os dois iniciaram um relacionamento. Rosemary garante que tentou conversar com Alencar quando ele se candidatou ao Senado, mas não conseguiu e, em 2001, resolver recorrer à Justiça para que ele reconhecesse a suposta paternidade. Durante o processo, a defesa de Alencar pediu a extinção da ação. O ex-vice-presidente se recusou a conceder material genético para a realização do exame de DNA.
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