Não é necessário ser um expert em informática ou um jornalista experiente para saber onde cada deputado está gastando sua verba de ressarcimento. Os dados estão à disposição no próprio site da Assembleia. Cruzando com os dados da Receita Federal, é possível saber onde foi gasto cada centavo dessa verba sem a necessidade de programas complexos e sistemas específicos. Qualquer cidadão, com um pouco de paciência e um computador, pode fiscalizar para onde vai o dinheiro público.
No Portal da Transparência da Assembleia (www.alep.pr.gov.br/transparencia) há um ícone chamado "despesas de custeio dos deputados", no canto esquerdo da tela. Nesse lugar, é possível acessar o relatório mensal de despesas de cada parlamentar. Onde diz "ressarcimento", mostram-se apenas os gastos gerais. Onde diz "fornecedores", aparece uma lista com o valor e o fornecedor de cada nota ressarcida.
As empresas, entretanto, são identificadas apenas pelo CNPJ. Isso exige um cruzamento dos dados com informações da Receita Federal. Digitando "consulta CNPJ" no Google, o primeiro link deve ser um hotsite da Receita, no qual basta digitar o CNPJ para saber o nome da empresa. O link também pode ser acessao em http://bit.ly/cMTKrb. O último passo seria organizar essas informações em uma tabela de Excel ou programa similar.
Adote um deputado
Apesar de simples, o processo é trabalhoso, já que tem de ser feito manualmente. Caso a Assembleia dispusesse a listagem desses gastos em um formato legível pelo Excel, uma boa parte do trabalho seria facilitada. O fornecimento de imagens em PDF das notas fiscais, algo que já é exigido por lei, também ajudaria em pesquisas mais refinadas.
Considerando o trabalho exigido, para fiscalizar todos os deputados, o ideal é que o cidadão faça esse trabalho em grupo. Cada pessoa pode "adotar" um ou dois deputados e, mensalmente, verificar como eles estão gastando o seu dinheiro. Alguns minutos de esforço mensal podem refletir em uma contribuição grande para a transparência e para a fiscalização dos gastos públicos.
Colaborou Marcus Ayres, da Gazeta Maringá
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