A criação de pequenos municípios, como Patos do Piauí, que tem pouco mais de 6 mil habitantes, é para o sociólogo Herbert Toledo Martins, da Universidade do Recôncavo Baiano, muitas vezes reflexo da "vontade política de determinados deputados federais e estaduais, de vereadores e até do candidato a prefeito": Não atende a um plano racional. Vendem o discurso que o município mãe não os atende, que é preciso ter uma identidade e aí a bandeira da emancipação é levantada. No entanto, a vida da população não muda porque essas cidades são inviáveis economicamente e não captam recursos.
De acordo com Martins, para evitar o surgimento de cidades, o governo poderia criar critérios mais severos: Uma legislação que só permitisse a criação a partir da certeza de que é viável economicamente ajudaria. O município mãe também poderia ter direito a voto, porque isso já dificultaria.
Para Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, o problema não é quantidade ou o tamanho das cidades: Temos 4.300 municípios com perfil agropecuário, mas a verba dos tributos não vai para eles. A cidade tem aviários, mas o frango gera tributo onde estão os frigoríficos. Mas se essas cidades acabam, a população vai para a periferia dos grandes centros e a situação piora.
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