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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot | Albari Rosa/Gazeta do Povo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou nesta sexta-feira (27) por volta do meio-dia a Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para acompanhar o ato de repúdio ao atentado contra o promotor de justiça Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, atingido nas costas por quatro tiros no último dia 21. Ele chegou sob forte aparato de segurança montado pela Polícia Militar. Cerca de 80 homens fazem neste momento a segurança do procurador no entorno da sub-sede da OAB, onde ocorre o ato de repúdio. No efetivo policial, há ainda um helicóptero da PM e agrupamentos especiais, com atiradores de elite posicionados nos edifícios próximos.

Durante a entrevista coletiva, Janot admitiu que conversou com o ministro José Eduardo Cardozo sobre a sua segurança e que se deslocou até o município mineiro em um avião da FAB. “Eu não sou uma pessoa assombrada, mas alguns fatos concretos tem me levado a adotar algumas regras de contenção”, disse, complementando que sua residência sofreu um arrombamento no qual foi levado somente o controle do portão principal da casa.

Ameaças

Nesta quinta-feira (26), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, alertou Janot que a inteligência do governo detectou um aumento do risco contra ele e sugeriu que sua segurança fosse reforçada. Sem detalhar as ameaças, Cardozo afirmou que há “radicais se avolumando em vários segmentos”.

Janot, no entanto, não seria o único a correr riscos. Outras autoridades federais também seriam alvos e deverão ter a segurança ampliada. As ameaças estariam vinculadas às investigações da Operação Lava Jato, que revelou um esquema de corrupção bilionário envolvendo empreiteiras, a Petrobras, ex-funcionários da estatal e partidos políticos.

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