O deputado federal Dr. Rosinha (PT) disse ontem que três dos quatro principais candidatos ao governo do Paraná são "representantes da direita conservadora". Segundo ele, Osmar Dias (PDT) e Rubens Bueno (PPS) "são candidatos de direita apoiados inclusive por setores ligados ao ex-governador Jaime Lerner". Já Roberto Requião (PDMB), diz Rosinha, oscila entre "um discurso de esquerda e uma prática de direita". O único representante da esquerda nessa disputa seria Flávio Arns (PT), de acordo com o parlamentar petista.
Chapa O pré-candidato ao governo Rubens Bueno (PPS) e a direção do PFL no Paraná se reúnem hoje para discutir quem será o candidato à vice e ao Senado na coligação. Segundo Bueno, nenhum nome de filiados dos dois partidos está descartado. "Procuramos alguém que fortaleça nossa campanha."
Farpas Rubens Bueno considerou "absurdas e irresponsáveis" as declarações do governador Roberto Requião (PMDB) de que o PPS não tem propostas para governar o estado. "O projeto de governo que estamos finalizando é baseado na mais ampla consulta já feita no Paraná. Já ouvimos mais de 50 mil paranaenses", disse o candidato do PPS.
Ex-aliado Em entrevista a uma rádio, o governador disse ontem que o PPS não teria condições de fazer oposição ao seu projeto de reeleição porque o apoiou no início do governo. Segundo Rubens Bueno, o partido só apoiou Requião no segundo turno porque ele assumiu o compromisso de adotar, em seu plano de governo, cinco propostas que o PPS julga prioritárias. "Nenhum dos compromissos foram cumpridos. Por isso, retiramos o apoio."
Vizinhos O presidente estadual do PSB, Severino Araújo, Severino Araújo, afirmou que ele, o senador Osmar Dias (PDT) e o ex-governador Jaime Lerner (PSB) são da mesma rua. "Só mudamos de número. Éramos o 12 e fomos para o 40", disse, lembrando que ele e Lerner já foram do PDT, que detém a numeração 12.
Força A bancada estadual do PSB, formada pelos deputados Reni Pereira e José Domingos Scarpellini, disse que Osmar Dias (PDT) não ganha apenas 1 minuto e 44 segundos de tempo de televisão, mas a vontade de trabalhar com todas as forças para derrotar o governador Roberto Requião (PMDB). A dupla sempre se posicionou "100% oposição" na Assembléia Legislativa e trabalhava para levar o partido para o mesmo caminho.
Ajuste O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), anunciou ontem que vai propor um calendário especial para o segundo semestre, que vai coincidir com a campanha eleitoral. A prioridade, segundo ele, continuará sendo as sessões plenárias, mas será preciso organizar as votações para evitar que os deputados sejam prejudicados ou que a aprovação de projetos seja comprometida com a baixa presença.
Corpo-a-corpo Com as novas regras eleitorais, Hermas Brandão prevê que os candidatos terão de passar mais tempo junto às suas bases no interior. "Como ninguém mais pode fazer comício, essa campanha terá que ser de mão em mão e reuniões fechadas. Vamos tentar garantir que todos possam fazer isso sem prejudicar o andamento dos trabalhos legislativos", disse.
Horário O presidente da Assembléia ainda não definiu como será o novo calendário. Nas últimas duas semanas, as sessões que normalmente começam às 14 h30 foram realizadas no período da manhã. Há possibilidade de que o horário diferenciado continue até as eleições de outubro.
Solução caseira O PV terá Melo Viana na disputa ao Palácio Iguaçu. Ele, que é presidente do diretório regional, disputou a prefeitura de Curitiba em 2004. A intenção inicial do partido era lançar o diretor da Itaipu, Nelton Friederich, mas ele não se descompatibilizou do cargo e está inelegível. Outras soluções foram estudadas, mas nenhuma emplacou.
Senado O vereador Paulo Salamuni sai candidato ao Senado pelo PV, tendo o alpinista Valdemar Niclevicz como suplente. A convenção estadual e nacional do PV será hoje à tarde no restaurante Madalosso, em Curitiba, com a presença do deputado federal Fernando Gabeira. Ele pode ser oficializado candidato à Presidência da República pelo PV.
Pinga-fogo
* O presidente estadual do PSB, Severino Araújo, disse que todos os ex-governadores deixaram uma marca no Paraná, menos Roberto Requião
* "Requião não deixou marca nem na prefeitura, nem no governo, nem no Senado. Tem uma vida pautada em falar mal dos outros e arrumar confusão", afirmou
* O deputado federal Ricardo Barros (PP) compareceu ontem em Brasília ao Encontro Nacional da Indústria
* O parlamentar foi como delegado do Sindicato da Construção Civil do Noroeste do Paraná
* O deputado José Domingos Scarpellini avalia que Osmar Dias vai levar a eleição para o segundo turno
* "Sempre disse que Requião ia perder para ele próprio. Ele vai ser derrotado pela truculência que adotou em seu governo".
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