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Em meio a pressões para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva libere seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, para presidir o PT, setores da esquerda petista decidiram reagir ao que classificam como "manobra" para burlar a democracia interna no processo que escolherá, em novembro, a nova direção da sigla. Apesar de persistir em várias correntes a tese de que o nome de Carvalho é consenso, é certo que terá ao menos um adversário, se aceitar concorrer

O nome virá da corrente Articulação de Esquerda, muito provavelmente com apoio da Militância Socialista. A maior chance por enquanto, é que a candidata seja a deputada Iriny Lopes (PT-ES). "Seria extraordinário ter uma mulher comandando o PT no momento em que lançamos uma mulher candidata à Presidência", comentou o secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, em referência à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Representante da Articulação de Esquerda e candidato à presidência petista em 2005 e 2007, Pomar deve ficar de fora. A não ser que a sigla reveja o entendimento de seu estatuto, ele está impedido de ocupar cargos em comissões executivas do partido no próximo mandato. A regra é a mesma que impede, por exemplo, a recondução do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).

Apesar das especulações, ainda é incerto se Carvalho de fato disputará o comando do PT. Nas últimas semanas, o chefe de gabinete de Lula conversou com vários dirigentes petistas sobre o assunto e, em todos os casos, deu a mesma explicação: Lula não quer que deixe o Planalto. O presidente já disse à cúpula petista que avalia que Carvalho não tem perfil para a função. Ainda assim, vários setores continuam pressionando pela candidatura, sob o argumento de que nenhum outro nome unificaria as correntes.

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