Alvo de um pedido de prisão formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse nesta terça-feira (14) que “vai avaliar” qual destino dará o pedido de impeachment do chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) que foi protocolado na Casa na última segunda-feira (13).
“Eu já arquivei cinco pedidos de impeachment do procurador-geral da República”, disse Renan. “Esse eu vou avaliar”, concluiu.
O pedido de impeachment do procurador-geral da República foi protocolado por duas advogadas ligadas a movimentos pró-afastamento de Dilma Rousseff. Elas argumentam que Janot deu tratamento diferenciado a políticos que consideram estar envolvidos em “situações análogas” na Lava Jato, do PT e do PMDB.
As advogadas usam os pedidos de prisão feitos por Janot para Renan Calheiros, o senador Romero Jucá (RR), e o ex-presidente José Sarney, todos do PMDB e acusados de tentar obstruir as investigações, para argumentar que, de frente a situações semelhantes envolvendo Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Janot não lançou mão da mesma rigidez.
A ofensiva das advogadas contra Janot chega ao Senado no momento em que há forte tensão entre o procurador-geral e parlamentares, que consideraram abusiva a ação dele contra os peemedebistas.
Pelo trâmite previsto, o pedido de impeachment de Janot será encaminhado, agora, para a Advocacia do Senado, para que haja um parecer sobre sua procedência ou arquivamento.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink