Melhora um pouco o estado de saúde do deputado Fernando Ribas Carli Filho; causas do acidente só em 30 dias
- RPC TV
O quadro clínico do deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB), de 26 anos, teve leve melhora, mas ainda é considerado grave, segundo informações do Hospital Evangélico dadas em entrevista coletiva nesta sexta-feira (8). O parlamentar permanece em coma, sob sedação, desde que foi internado, na madrugada de quinta-feira (7), após se envolver em um acidente de trânsito no bairro Mossunguê, em Curitiba. Na colisão, dois jovens que estavam em outro veículo morreram na hora.
Na avaliação médica, houve melhoras na escala Glasglow, que mede o nível de consciência do paciente após lesão cerebral, do deputado - passou de seis pontos para oito. A pontuação tem o máximo de 15, para pessoas em estado normal. Em nível 3 o coma é considerado profundo e pode indicar morte cerebral.
Segundo o diretor técnico do hospital, Luiz Felipe Mendes, os ferimentos se concentram na região da cabeça, mais exatamente da altura dos olhos para cima. Não há fraturas em outras partes do corpo. O Hospital Evangélico diz realizar avaliações do estado do paciente a cada quatro horas.
O neurocirurgião José Antônio Maingué afirmou que Carli Filho respira por meio de uma traqueostômia e se alimenta por meio de sonda conectada diretamente ao estômago.
O choque
O acidente que deixou Carli Filho gravemente ferido aconteceu por volta da 1 hora de quinta-feira, na esquina das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, no Mossunguê. Há um semáforo no cruzamento, que fica no amarelo na madrugada.
A colisão envolveu o carro Passat dirigido pelo deputado e um Honda Fit, ocupado por Gilmar Rafael Souza Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20, que morreram na hora. Segundo a polícia, o Passat vinha pela rua preferencial e estava em alta velocidade.
O impacto da batida foi tão violento que pedaços dos dois carros ficaram espalhados pela rua por uma distância de 100 metros. Yared era estudante de Psicologia na Universidade Tuiuti do Paraná. Carlos de Almeida trabalhava no cinema do Park Shopping Barigui.
Exames
Não foram realizados exames de dosagem alcoólica ou toxicológicos para averiguar a possibilidade do deputado estar sob o efeito de entorpecentes. Segundo o hospital, é de competência da polícia fazer ou solicitar esse tipo de exame. O exame de dosagem alcoólica pode detectar indícios até 12 horas depois da ingestão de bebidas. O toxicológico, teoricamente, ainda poderia ser feito, mas como o deputado está sob o efeito de medicamentos, o exame pode ser deturpado.
A Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) disse que só solicitaria o exame se houvesse forte suspeição do uso de substâncias que alteram a consciência.
Os dois rapazes que morreram, no entanto, tiveram amostras de sangue coletadas para a realização da análise de dosagem alcoólica. "É praxe do Instituto Médico-Legal (IML) realizar a dosagem alcoólica sempre que há óbito no local", explicou o delegado Armando Braga de Moraes Neto, titular da Dedetran. Segundo ele, não há indícios de racha ou de outro carro envolvido no acidente.
Braga prometeu novas informações sobre a investigação na segunda-feira (11). O delegado diz que deve solicitar à URBS ainda nesta tarde as imagens de um radar próximo do cruzamento onde se deu o acidente. A Diretora de trânsito da URBS, Rosangela Battistella, disse que só cede as imagens sob autorização judicial ou da polícia.
Segundo membros da equipe do Batalhão da Polícia de Trânsito que atenderam o local do acidente, o velocímetro do carro do deputado estava travado em 190 quilômetros por hora. Braga diz ter visto o velocímetro em zero no pátio onde está recolhido.
Na quinta-feira, uma testemunha, Alice Brás, disse ao telejornal Paraná TV 2ª edição que tinha aberto a janela de casa para acender um cigarro quando viu o acidente acontecer. "O carro de cor clara entrou devagar e o outro entrou em velocidade alta, subiu em cima do outro e passou por cima. Foi um estrondo muito alto", contou. Ele já prestou depoimento à polícia e ratificou o que dissera à imprensa.
Amigos de Yared, que conduzia o Fit no momento do acidente, não acreditam na possibilidade de que o jovem estivesse disputando um racha. "Achei absurdo levantarem essa possibilidade. Ele era sempre muito cuidadoso no trânsito, isso não era da índole dele", disse uma amiga da família que não quis se identificar.
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