O governo do estado deve anunciar, nesta quarta-feira, um plano de emergência contra incêndios, segundo telejornal "RJTV". Entre as medidas, estão: intensificação, pela polícia, de ações de combate contra grupos de baloeiros; reforço das campanhas contra o uso de queimadas na agricultura; aumento da fiscalização em áreas próximas às matas; e instalação de estado de alerta em todas as unidades de conservação.
- Emergência total de Defesa Civil, bombeiros, helicópteros com água. Temos pouco recursos para reflorestar. Conseguimos isso e, às vezes, as queimadas põem a perder todo o esforço de um ano de reflorestamento - afirma o secretário estadual de ambiente Carlos Minc.
Nas matas, onde há 30 dias a água não chega, a vegetação sofre com as queimadas. No sul do estado, o fogo põe em risco até os motoristas que passam a Rodovia Presidente Dutra. A Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros fazem uma campanha pedindo aos motoristas que não joguem pontas de cigarro e nem lixo pela janela dos carros. Mais de 90% dos focos de incêndio próximos à rodovia são provocados pelo homem.
Na Região dos Lagos, em São Pedro D'Aldeia, os técnicos da Defesa Civil monitoram os focos de incêndio, a maioria próximos à Serra de Sapiatiba, uma área de mata nativa. A preocupação é o fogo que chegue até lá.
Somente este mês os bombeiros registraram 870 queimadas no estado. O número de incêndio na mata neste verão já é 50% maior do que no ano passado.
Tempo só deve mudar no fim de semana
O tempo aberto e quente no estado desde o dia 11 de fevereiro só deve mudar no fim de semana. Nesta quarta-feira, o céu chegou a ficar nublado em algumas regiões, mas não há previsão de chuvas para agora. Segundo os meteorologistas, a primeira frente fria que chegará para diminuir o calor é típica de verão, com sol de manhã e pancadas de chuva à tarde.
- Na terça-feira da próxima semana, uma outra frente fria deve atingir o Rio de Janeiro com maior intensidade. Daí, haverá aumento na nebulosidade, chuvas e queda na temperatura - prevê a meteorologista Marlene Leal, do Instituto Nacional de Meteorologia.
Os termômetros no Rio estão 4 graus acima da média deste período. O calor está acompanhado de um clima seco. A umidade relativa do ar chegou a 30% nos últimos dias. Uma massa de ar quente está bloqueando a entrada de frentes frias.
Alta no consumo de água
O consumo de água no Rio já aumentou. A Cedae alertou que é necessário fazer economia e evitar o desperdício. Mesmo com o calor, a síndica de um prédio na Zona Sul, Ema Fonseca, toma os cuidados necessários para evitar a falta d'água.
- Em casa, tentamos tomar banho fechando o chuveiro, usar a máquina de lavar roupa uma vez por semana. Os funcionários não lavam as calçadas todos os dias, varrem - contou Ema Fonseca.
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