Moro há quase 20 anos no Paraná e toda minha família vive no interior de São Paulo. Tenho há algumas semanas ensaiado uma viagem para ver minha mãe... que está me cobrando uma visita já que a saudade tanto minha como dela é muito grande...
Tenho procurado decidir qual a melhor forma de chegar até a casa de meus pais. O meio "teoricamente" mais rápido seria eu ir de avião. Cinquenta minutos, eu já estaria na capital paulista. Mas aí penso nos controladores aéreos, nos equipamentos obsoletos, e na estrutura dos aeroportos e nos constantes atrasos nos vôos alimentando uma séria crise aérea que o Brasil vem enfrentando. O medo tomou uma proporção ainda maior depois de terça-feira, dia 17, quando o Airbus da TAM se chocou contra um prédio da empresa, matando quase 200 pessoas.
Minha segunda opção seria ir de carro. Daqui a Piracicaba, faço o trajeto em seis horas e meia. Geralmente vou sozinha, porque é sempre difícil arrumar quem queira encarar tanto tempo de estrada. Mas ainda na semana passada um parente fez uma viagem mais curta e foi abordado por dois outros carros. Escapou por pouco, quando os assaltantes perceberam que o carro estava com mais três passageiros.
Além disso, sou obrigada a enfrentar também uma estrada bem perigosa, a BR-116, com motoristas irresponsáveis e imprudentes.
Assim, minha última alternativa para matar a saudade da família é ir de ônibus, mas não tem um dia, aqui na redação que não damos uma notícia de ônibus assaltado nas estradas...Enfim, estou com medo de viajar no Brasil.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião