Estudantes e professores de escolas estaduais de 25 cidades paranaenses entregaram na segunda-feira (16) 31 projetos de lei elaborados pelos próprios alunos à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A atividade faz parte do projeto “Geração Atitude”, uma parceria entre Alep, Ministério Público, Tribunal de Justiça e Secretaria da Educação e tem como objetivo apoiar a formação cidadã dos estudantes paranaenses, promovendo a participação social e o protagonismo juvenil. Uma das propostas, que coloca o programa no calendário oficial de eventos do estado, foi escolhida para tramitar na Casa e, se for aprovada, vira lei.
Durante a sessão plenária da segunda, os alunos fizeram a entrega dos projetos ao presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), e receberam a notícia de que uma das propostas vai virar de fato um projeto de lei. O anúncio da iniciativa escolhida foi feito no início da noite. O projeto selecionado, de autoria da aluna Ingrid Ribeiro Serafim de Souza, de Cianorte, transforma o “Geração Atitude” em programa estadual, a ser realizado anualmente na terceira semana de novembro. Pela proposta, orientada pelo professor Márcio Rogério Penachio, o programa será usado para o exercício da cidadania entre estudantes do ensino médio, professores e funcionários de toda a rede pública estadual de ensino.
Na prática, o “Geração Atitude” vai fornecer o Guia do Cidadão aos alunos, explicando o funcionamento dos órgãos públicos do país e apresentando conceitos como política, cidadania e democracia. De acordo com o projeto, o programa fará parte do calendário oficial de eventos do Paraná e das campanhas institucionais do Legislativo. Além disso, a Assembleia poderá firmar convênios com entes públicos e privados para auxiliar na divulgação desse trabalho. A intenção é votar a proposta até o fim deste ano.
Educação
O estudante Matheus Moreno, de 16 anos, acredita que a oportunidade de criar um projeto de lei ajudou a conhecer melhor o Poder Legislativo. A proposta criada por ele e os colegas busca diminuir, por meio de um espaço de cultura e lazer, os casos de abandono escolar. “Nós não temos muitos incentivos para permanecer na escola. Quem sabe com espaços para a prática de esportes, lazer e com mais acesso à cultura, menos alunos desistam de estudar”, afirmou.
Ciência Política
A aluna Fabyana da Silva, também de 16 anos, está no segundo ano do Colégio Aplicação Pedagógica da Universidade Estadual de Maringá e foi sorteada para falar na tribuna da Alep. Ela, que é presidente do Grêmio Estudantil, afirma que o jovem deve estar envolvido na vida pública e conhecer quem são seus representantes. “Dizem que os jovens são o futuro, mas eu acredito que nós somos o presente e precisamos ter nossos direitos garantidos”, disse a estudante. Ela, juntamente com os colegas e o professor de Sociologia Lucas Cardoso, criou um projeto de lei que torna obrigatória a disciplina de Ciência Política nas escolas estaduais. “É preciso conhecer os conceitos da política para saber de quem cobrar”, disse.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião