A União Nacional dos Estudantes (UNE) montou hoje um "comando de caça a Bush" para tentar driblar o super esquema de segurança criado em São Paulo para o presidente George W. Bush, que chegará na cidade, nesta quinta-feira. Cerca de 400 estudantes, com celulares, carros e ônibus vão tentar seguir os passos do presidente e fazer protestos próximos aos locais onde ele se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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— Ao invés de terror, vamos usar de bom humor nos protestos — afirmou Gustavo Petta, presidente da UNE.

Os estudantes vão usar tinta vermelha para tentar atingir os carros da comitiva americana e também bonecos imitando Bush, com desenhos da suástica (com os braços voltados para a direita, adotada pelo hitlerismo), que serão queimados pela cidade. Ontem, eles começaram a organizar performances e grafitagens.

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— Vamos começar na quinta-feira, com o ato das mulheres na Avenida Paulista, junto com CUT, MST e outras entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS). Quando ele chegar no Brasil, já vai saber que houve protestos. Na sexta, não vamos dar trégua— disse Petta.

— Queremos usar tinta vermelha para lembrar o sangue dos jovens árabes e americanos, mortos por causa da política de Bush. Vamos deixar claro que ele é persona nongrata no Brasil— disse Lúcia Stumpf, diretora de Relações Internacionais da UNE.

Na avenida Paulista, os estudantes pretendem fazer piqueniques, com muitas bananas, nas lojas do Mc Donald´s.

— Não somos a "República das Bananas"?.— ironiza Lúcia Stumpf.

O PT também aderiu aos protestos dos movimentos sociais. Segundo a assessoria de imprensa do partido, o PT não é o governo e sempre esteve aliado aos movimentos sociais. Ontem, o presidente, Ricardo Berzoini, disse no site do PT que apóia o "Fora, Bush":

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— O governo tem que manter a relação de estado para estado. Agora, o PT, como partido, tem sua opinião de maneira até mais contundente que a do governo e manifesta sempre seu desacordo em relação à maneira como os EUA se comportam no cenário mundial. O partido se manifesta de maneira adequada e também se integra aos movimentos sociais nos protestos contra o Bush de maneira geral.