A pesquisa "O estado da juventude: drogas, prisões e acidentes", divulgado nesta terça-feira, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), reforça a importância de se ter os homens jovens como os principais alvos de campanhas educativas de trânsito. Com base em informações do Datasus, do Ministério da Saúde, o estudo mostra que hoje morrem quatro vezes mais homens que mulheres em acidentes de trânsito. Coordenador do levantamento, o economista da FGV Marcelo Neri diz que agora o dito popular "mulher ao volante, perigo constante" tem que ser adaptado:
- Tem que haver políticas (de trânsito) voltadas só para os rapazes porque as moças, felizmente, não são parte desta estatística. Muda um pouco o adágio popular. O que os dados mostram é que "rapazes ao volante, perigo constante".
O estudo conclui que a entrada em vigor do novo Código Nacional de Trânsito, em 1998, reduziu em 5,8% as mortes no trânsito. Por outro lado, as estimativas apontam que o aumento de 1% da proporção de homens entre 15 e 29 anos é responsável por aproximadamente mais 0,30 mortes de trânsito por 100 mil habitantes.
- Acho que o Estado brasileiro começa a acordar para isso, proibindo bebida em rodovias e em lojas de conveniências, pensando em aumentar multas, etc - explica Neri.
Também no caso do trânsito, o economista da FGV defende mais autonomia dos estados para legislar nesta área:
- Falta experimentar inovações na legislação. E se elas são vindas da parte dos estados, elas têm uma grande vantagem. Você não tem que acertar o alvo de primeira porque, se você errar, não estará penalizando todo mundo.
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