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Em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (23), o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi questionado sobre qual seria a sua reação diante de um eventual ataque militar por parte dos Estados Unidos e de Israel ao país.

O presidente iraniano afirmou que "a era dos ataques militares já chegou ao fim", mas lançou uma provocação ao dizer que os dois países "não teriam coragem" de lançar uma ofensiva militar contra o Irã.

"Achamos que a era dos ataques militares já chegou ao fim. Hoje, é tempo de diálogo e pensamento. Armas e ameaças pertencem ao passado até para pessoas atrasadas. Esses a que vocês se referiram (EUA e Israel) não têm coragem para praticar isso", afirmou Ahmadinejad.

Questionado se a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ajudaria o governo a se legitimar perante a comunidade internacional, Ahmadinejad afirmou que seu governo era legítimo, porque havia sido eleito em uma votação na qual 85% dos eleitores participaram:

"As nossas relações (Brasil e Irã) são baseadas na amizade. A legitimidade do governo vem do povo iraniano."

O presidente do Irã evitou fazer declarações polêmicas sobre os movimentos de direitos humanos e de liberação sexual. Durante a entrevista, um manifestante surpreendeu a segurança e conseguiu exibir uma bandeira do movimento gay.

Ahmadinejad falou a jornalistas por quase uma hora, em um auditório montado no hotel onde está hospedado em Brasília. Ao falar dos brasileiros, ele afirmou que o povo era "simpático, culto, pacífico". Ahmadinejad também foi perguntado sobre o plano iraniano de exploração de tecnologia nuclear e afirmou que o país tinha direito, assim como o Brasil, de utilizar a energia nuclear: "Achamos que é um direito do povo brasileiro aproveitar a energia atômica para fins pacíficos."

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