O governo norte-americano pedirá ao Brasil a extradição do colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadia, de 44 anos, um dos traficantes mais procurados do mundo, preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (7).
De acordo com o adido de imprensa da Embaixada dos EUA no Brasil, Richard Mei, funcionários da agência norte-americana de combate ao tráfico, DEA (U.S. Drug Enforcement Administration) no Brasil e em Washington formalizarão o pedido a autoridades brasileiras. Estados Unidos e Brasil têm um acordo que permite a extradição de criminosos.
O colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadia, de 44 anos, foi preso em sua casa, localizada em um condomínio de luxo, em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo. De acordo com a PF, ele é suspeito de ser o mandante de centenas de homicídios na Colômbia e nos EUA, dentre eles, policiais e informantes.
A prisão de Abadia faz parte da Operação Farrapos, deflagrada nesta manhã pela Polícia Federal, que cumpre 17 mandados de prisão e 28 ordens de busca e apreensão para desarticular organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação cumpre diligências em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Pelo menos sete pessoas haviam sido presas até as 11h30 desta terça-feira.
De acordo com a PF, os traficantes colombianos transportavam droga para a Europa e os EUA. O dinheiro retornava ao Brasil, saindo da Espanha e do México e passando pelo Uruguai. No Brasil, segundo a PF, os traficantes lavavam o dinheiro por meio de investimentos em hotéis, mansões, na indústria e na compra de automóveis.
Recompensa
Abadia é apontado pelo governo norte-americado como um dos maiores traficantes de cocaína da Colômbia e estaria envolvido com tráfico desde 1986.
A agência norte-americana de combate ao tráfico, DEA (U.S. Drug Enforcement Administration), oferecia US$ 5 milhões (quase R$ 10 milhões) para quem fornecesse informações sobre o paradeiro de Abadia - com a ressalva de que o dinheiro era garantido pelo governo norte-americano. A PF não soube informar se esse tipo de recompensa é paga para órgãos policiais.
No Brasil, Abadia deve responder por crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com informações da agência norte-americana, Abadia foi preso em março de 1996 por enviar aos Estados Unidos 30 toneladas de cocaína e mandar drogas ao país em associação com um cartel de Tijuana, no México. Após confessar o crime, ele passou quatro anos e três meses preso na Colômbia.
A DEA informa que depois da liberação de Abadia da carceragem colombiana, a Justiça norte-americana pediu sua prisão e extradição por suspeita de envolvimento no cartel Norte del Valle, do norte da Colômbia.
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