A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, comentou ontem que os altos índices de evasão escolar de crianças atendidas pelo programa Bolsa Família não desanimam o governo federal nem enfraquecem o programa. Reportagem publicada ontem pela Gazeta do Povo mostrou que, no Paraná, 9,2 mil crianças atendidas pelo programa saíram da escola. No Brasil, 172 mil crianças estão na mesma situação.

CARREGANDO :)

"Tem alguns que acham que isso seria uma justificativa para acabar com o Bolsa Família. Mas muito pelo contrário. Para nós, isso é uma justificativa para intensificar a fiscalização e a persuasão das mães", disse a ministra. "Para isso, precisamos dos municípios, de suas parcerias. As cidades são os recebedores do Bolsa Família. É necessário equacionar isso", reconheceu Dilma.

PAC não-eleitoreiro

Publicidade

A ministra fez ainda uma defesa firme de que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não é eleitoreiro. Para frisar essa tese, ela citou o fato de que, mesmo com a administração municipal em Curitiba sendo do PSDB, a cidade já recebeu cerca de "R$ 3,1 bilhões em financiamentos e também por parte do orçamento geral da União", nos últimos anos. "E só em habitação e saneamento, Curitiba recebeu, nos últimos meses, algo em torno de R$ 500 milhões. Isso é distribuição de recursos de forma republicana. O dando que se recebe não é a concepção do nosso governo. Vemos os estados e municípios como parceiros, não como clientes", afirmou a ministra, lembrando que não faz parcerias apenas como políticos e partidos da base de apoio à administração Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com Dilma, no entanto, para que a parceria seja cada vez mais melhorada, é preciso que o estado e o município, e seus governantes, pensem em distribuição de renda e inclusão social para mudar a condição de vida dos cidadãos. E é nesse ponto que, segundo ela, é importante ter Gleisi Hoffmann como prefeita a partir de 2009. Afinal, Dilma veio a Curitiba para alavancar a campanha da petista. (CCL)