Branislav Kontic, assessor do ex-ministro Antonio Palocci, foi transferido da sede da Polícia Federal em Curitiba para o Complexo Médico Penal de Pinhaisâ, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com autorização do juiz Sergio Moro. Kontic passou mal no sábado (1º) e foi socorrido por uma ambulância do Samu, que o levou ao hospital Santa Cruz. Recebeu alta na última segunda-feira (3) e, a pedido do delegado Igor Pontes, da Polícia Federal (PF), foi levado para o Complexo Médico.
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Leia a matéria completaâA PF não informou qual foi o problema de saúde de Kontic. No pedido apresentado a Moro, a PF afirmou apenas que ele foi levado para o hospital para acompanhamento médico e realização de exames e que permanecerá sob acompanhamento especializado no Complexo Médico Penal.
O sociólogo é considerado braço direito de Palocci. Coordenou a campanha de Palocci a deputado estadual, em 2006. Também foi assessor de Palocci durante o período em que ele esteve na Casa Civil, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
Branislav, cujo apelido é “Brani”, teria servido como intermediário de encontros e conversas de Palocci com o empresário Marcelo Odebrecht. Para o email dele teriam sido enviados também documentos que Marcelo pedia que fossem entregues ao então deputado.
Palocci e Branislav Kontic foram presos no dia 26 de setembro, na 35ª Fase da Lava-Jato, a Operação Omertá. No dia 30, tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz Sergio Moro.
A PF afirmou que houve tentativa de obstruir as investigações, com a retirada de dois computadores da consultoria Projeto, que pertence a Palocci. Moro observou no despacho da prisão preventiva que, enquanto Kontic afirmou à Polícia Federal que os computadores haviam sido retirados por serem antigos, os advogados de defesa argumentaram que as CPUs tinham sido retiradas por um usuário que estava trabalhando fora do escritório e por um ex-sócio, que saiu levando junto o computador que era dele. Ou seja, as versões não coincidiram.
Palocci é acusado de ter intermediado a destinação de R$ 128 milhões em propinas pagas pela Odebrecht ao PT.
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