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A Justiça do Paraná condenou, em primeira instância, a psicóloga Renata Queiroz Gonçalves dos Santos, ex-cunhada do ex-vereador de Curitiba Luiz Cláudio Derosso, pelo crime de falsidade ideológica. A defesa de Renata informou à Gazeta do Povo que irá recorrer da condenação.

A decisão, publicada nesta quarta-feira (6), aponta que Renata, ao ser nomeada para uma vaga de assistente técnico parlamentar de nível dois, em 2011, não declarou que possuía grau de parentesco direto com a então esposa de Derosso, a jornalista Cláudia Queiroz Guedes (as duas são irmãs).

Renata foi condenada à pena de um ano e nove meses em regime aberto, com a aplicação de multa de R$ 10 mil. Ela não poderá mudar de residência nem se ausentar da cidade sem autorização da Justiça durante esse período. A condenada será obrigada, ainda, a, diariamente, estar em casa entre 22 horas e 6 horas do dia seguinte.

Consta como pena também a prestação mensal de informações a Justiça sobre as atividades profissionais e a realização de um curso profissionalizante ou acadêmico. Durante o período de pena, Renata também terá de prestar serviços à comunidade, com carga horária de uma hora por dia.

O caso

O Ministério Público do Paraná (MP) denunciou Renata em outubro do ano passado, pelo crime de falsidade ideológica. A denúncia relatava que, em janeiro de 2011, Renata foi contratada para trabalhar num cargo em comissão na Câmara de Curitiba, na época presidida por Derosso. No momento da nomeação, ela assinou um termo em que declarava não possuir parentesco com os parlamentares.

A estratégia da defesa foi alegar que Derosso e Cláudia não mantinham vínculo familiar. Este argumento, segundo informações do relatório da juíza Aline Passos, da 11ª Secretaria Criminal da Comarca de Curitiba – que proferiu a sentença –, não foi comprovado. Relatos de uma das testemunhas e fotos foram aceitos como prova pela juíza.

Outro lado

O advogado de Renata Queiroz Gonçalves dos Santos, Marcello Lombardi, disse à reportagem que ainda não foi intimado, mas que pretende recorrer da decisão. O defensor disse que irá se posicionar sobre o assunto na tarde desta quinta-feira (7).

Ações civis

O MP descobriu a contratação de Renata quando investigava o contrato de publicidade da Câmara. Derosso e Cláudia Queiroz, que é dona da agência de publicidade que venceu a licitação na Câmara, respondem por ato de improbidade administrativa.

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