Uma ex-dançarina de 23 anos morreu após uma lipoaspiração na tarde de quarta-feira (12), em Fortaleza. Maria Christiane Oliveira da Silveira morava na Suíça com o marido e estava há 15 dias no Brasil para visitar a família, quando aproveitou para fazer a lipoaspiração.
Segundo o primo de Maria Christiane, Rafael Uchoa, a jovem foi enterrada nesta quinta-feira (13), em Fortaleza. "Estamos muito abalados ainda. Acreditamos que tenha sido erro médico, mas o laudo oficial do IML só vai ficar pronto daqui a 30 dias", diz. "Ainda não sabemos se vamos processar o médico. Queremos saber a causa da morte primeiro."
A família de Maria Christiane não queria que a jovem operasse. "Falamos para ela não fazer, mas era muito vaidosa. Estava magra, mas achava que precisava da cirurgia. Ela já tinha colocado silicone há pouco tempo", diz.
A cirurgia foi realizada no hospital Cura d'Ars. A administração do hospital afirmou ao G1 que não vai se pronunciar sobre o caso.
Médico diz que não cometeu erros
Segundo o cirurgião plástico que operou a dançarina, os problemas começaram após o término da lipoaspiração. Ele explicou que a jovem apresentou dificuldade de oxigenação e diminuição dos batimentos cardíacos. A equipe tomou todas as medidas possíveis, mas Maria Christiane não respondeu a nenhum estímulo, de acordo com o médico.
"Estou muito chocado. Foi um acidente lamentável, mas estou convencido de que não cometemos erros nem tivemos problemas com os equipamentos. O hospital era muito bem equipado", afirma o médico. O cirurgião acredita que a jovem tenha morrido por embolia pulmonar, o que não seria responsabilidade da equipe médica.
O cirurgião plástico afirma que são raros problemas durante uma lipoaspiração. "É uma das operações mais realizadas no mundo e também no Brasil. Pelo volume de cirurgias, é raro ter problemas, mas a lipoaspiração continua sendo um grande desafio para os médicos", diz.
O médico prefere não ter seu nome divulgado por temer um julgamento injusto das pessoas. "Tenho 23 anos de profissão e sou muito respeitado em todo o Brasil, mas, quando acontece um episódio extremamente desagradável, como a morte de alguém, as pessoas culpam o profissional", diz.