Os ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (afastado do Solidariedade), Pedro Corrêa (PP) e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foram transferidos por volta das 9h desta terça-feira para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Eles estavam presos na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. Os quatro são réus na ação que investiga o esquema de corrupção da Petrobras.
A transferência foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, no último domingo. O pedido foi feito pelo delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, que alegou dificuldades na manutenção de presos na Carceragem da PF por falta de espaço. “Apesar de suas relativas boas condições, (a carceragem) não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos. Por isso, autorizei a remoção de outros presos relacionados à Operação Lava Jato para o Complexo Médico Penal, local que vinha atendendo satisfatoriamente as condições de custódia dos presos provisórios”, diz o despacho do juiz.
No Complexo Médico Penal, os presos ficarão em celas mais amplas que as da carceragem da Polícia Federal, porém o banho é coletivo. Os detentos também podem ter televisão e rádio na cela, que devem ser levados pela família. Ainda no complexo, eles terão direito a banho de sol uma hora por dia e visita uma vez por semana, na sexta-feira. Os presos da Lava Jato ficam em uma ala do local que é destinada aos detentos com ensino superior ou com mais de 60 anos, além de policiais militares
O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró não teve a transferência autorizada pelo juiz Sérgio Moro que alegou que já “está próximo o julgamento da ação penal” que ele responde na Justiça do Paraná. Além de Cerveró, permanecem na Carceragem da PF o doleiro Alberto Youssef, a doleira Nelma Kodama, o publicitário Ricardo Hoffmann e o empresário Milton Pascowitch, que deverá ser ouvido nesta terça-feira pela PF e pelo Ministério Público Federal.
Com a transferência, já são nove presos da Lava Jato no Complexo Médico Penal, entre eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o lobista Fernando Soares, conhecido por Fernando Baiano.