O ex-diretor geral do Dnit Luiz Antônio Pagot disse no início de seu depoimento à CPI do Cachoeira que recebeu a determinação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fizesse "as obras que o Brasil espera". Segundo Pagot, quando convidado por Lula para ingressar no governo federal, em 2007, a orientação do ex-presidente foi para que ele superasse as burocracias do governo federal e tocasse obras. Segundo ele, Lula "necessitava de um tocador de obras".
"Não se aflija com as adversidades, supere a burocracia e faça as obras que o Brasil espera. Apoio você vai ter", disse o ex-presidente, segundo relato de Pagot aos parlamentares. "Muito obrigado, presidente Lula, principalmente pelo apoio que nunca me faltou."
As declarações foram dadas na exposição inicial de Pagot à CPI. Diferentemente de outros depoentes, Pagot dispensou habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) e a presença de advogados ao seu lado durante o depoimento.
Defesa
Demonstrando mágoa, o ex-diretor do Dnit afirmou, ainda, que deixou o órgão, em julho de 2011, em meio à "faxina" promovida pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes, "sem qualquer possibilidade de defesa"."O momento de minha saída, sem qualquer possibilidade de defesa, foi sob o prisma de absoluto isolamento, e o cenário que se desenhou foi o de que minha presença no Dnit já não era mais necessária. Deixei o Dnit sem ter medo do meu passado", afirmou.
Pagot, que dispensou a presença de advogados, chegou à sala da comissão 55 minutos antes do horário previsto para o início da sessão desta terça. Ele não quis falar com a imprensa.
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