O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada depôs pela primeira vez desde que foi preso na manhã desta sexta-feira (31) na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Preso desde o início do mês, na 15ª fase da operação Lava Jato, Zelada foi orientado pela defesa a não responder as perguntas dos delegados.
O advogado do ex-diretor, Renato de Morais, alegou que orientou seu cliente a permanecer em silêncio porque a PF juntou diversos documentos ao inquérito nos últimos dias, aos quais a defesa só teve acesso nesta quinta-feira (30). “A única orientação possível é que ele ficasse em silêncio até que o caderno probatório ficasse completo”, disse.
A PF deve concluir ainda nesta sexta-feira o inquérito proveniente da 15ª fase da Lava Jato. A partir da conclusão, o Ministério Público Federal (MPF) decide se apresentará ou não denúncia sobre o preso. Com a denúncia, a Justiça Federal pode abrir um processo contra o ex-diretor.
Zelada comandou a diretoria Internacional da Petrobras entre 2008 e 2012, sucedendo Nestor Cerveró, também preso da operação Lava Jato. Ele passou a ser investigado depois de ser citado por delatores do esquema, que o apontaram como um dos beneficiários da propina desviada de contratos com a estatal.
Decisão
A PF também deve decidir nessa sexta-feira se pede ou não a prorrogação da prisão dos envolvidos na 16ª fase da operação Lava Jato. Estão presos desde a semana passada o presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, e Flávio David Barra, executivo da Andrade Gutierrez.
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